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Fecho dos mercados: Euro com melhor desempenho do mês. Petróleo namora os 80 dólares
O euro está a valorizar perante o acordo do Conselho Europeu, ainda que este tenha sido tímido. Nos mercados internacionais, a expectativa de que a oferta está limitada leva o petróleo a negociar perto dos 80 dólares.
Os mercados em números
PSI-20 desvalorizou 0,47% para 5.528,50 pontos
Stoxx 600 sobe 1% para 380,59 pontos
S&P 500 valoriza 0,95% para 2.742,53 pontos
Yield 10 anos de Portugal recua 4,8 pontos base para 1,785%
Euro sobe 0,86% para 1,1669 dólares
Brent avança 2,07% para os 79,43 dólares por barril
Bolsas europeias festejam acordo no Conselho Europeu
Apesar de este ter sido um acordo difícil e limitado, o sinal positivo vindo do Conselho Europeu bastou para pintar de verde as bolsas europeias. Apesar deste primeiro semestre ter sido negativo (-2,3%), o Stoxx 600, o índice que congrega as 600 principais cotadas europeias, sobe 1% para os 380,59 pontos esta sexta-feira. As principais bolsas europeias estão a valorizar.
Uma das excepções é Portugal. O PSI-20 desvalorizou 0,47%, contrariando a tendência positiva da Europa. Uma das cotadas que mais pesou no índice lisboeta foi a Altri, depois de a papeleira ter atingido máximos históricos na sessão anterior. Outra das que mais pesou negativamente foi a Jerónimo Martins que perdeu 3,06% para 12,37 euros, cotação que representa um novo mínimo de Fevereiro de 2016. Esta foi a maior queda diária da retalhista desde 6 de Abril.
Juros aliviam nos periféricos
O acordo no Conselho Europeu está a deixar os investidores menos nervosos face aos desenvolvimentos na Zona Euro. Os juros dos países periféricos estão a aliviar nesta sessão. Um dos que mais aliviam são os juros italianos a dez anos com uma queda de 10,3 pontos para os 2,677%.
Já os juros portugueses a dez anos aliviam 4,8 pontos para os 1,785% e os juros espanhóis no mesmo prazo reduzem-se em 4,5 pontos para os 1,32%.
Euribor a três meses atinge máximo de mais de um ano
A taxa Euribor a três meses subiu para -0,321% esta sexta-feira, mais 0,003 pontos do que na sessão anterior. Este valor representa um máximo desde 11 de Abril de 2017. O actual mínimo de sempre é de -0,332% e foi registado pela primeira vez a 10 de Abril de 2017.
Nos restantes prazos a Euribor manteve-se inalterada. A taxa Euribor a seis meses fixou-se em -0,270%, a nove meses em -0,214% e a doze meses em -0,181%.
Euro com maior subida do mês
O euro está a caminho do dia mais forte de Junho, depois do acordo dos líderes no Conselho Europeu sobre o difícil tema da migração. "O resultado da cimeira diz-nos alguma coisa sobre a severidade da situação", comenta Jan von Gerich, analista do Nordea, à Reuters. "Não estou confiante que o acordo vá resolver os assuntos subjacentes, mas havia receios de que a cimeira falhasse e que podíamos ter o colapso do Governo alemão", acrescenta.
A divisa europeia está a subir 0,86% para os 1,1669 dólares esta sexta-feira. Esta é a maior subida desde 30 de Maio deste ano, ou seja, praticamente um mês. No total da semana, o saldo também é positiva, o que acontece pela segunda semana consecutiva.
Petróleo negoceia perto dos 80 dólares
A cotação do barril de petróleo nos mercados internacionais continua a acumular ganhos no final deste semana. Apesar do acordo da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para aumentar a produção, é expectável que a ameaça de sanções dos Estados Unidos contra o Irão possa vir a retirar um volume substancial de petróleo do mercado numa altura em que a procura está a aumentar, segundo a Reuters.
Além disso, a Arábia Saudita falhou no aumento da produção, segundo a Bloomberg, e os inventários nos Estados Unidos baixaram.
No saldo da semana o Brent salta mais de 5%, a maior subida semanal desde a segunda semana de Abril (+8%).
Ouro com pior mês desde Novembro de 2016
O metal precioso continua a negociar em valores mínimos do final do ano passado. O ouro está a cair há três semanas consecutivas. Apesar de estar a valorizar ligeiramente esta sexta-feira - o preço da onça de ouro sobe 0,33% para os 1.252,39 dólares -, tal não impede uma nova queda semanal.
Na comparação mensal, o desempenho é ainda pior. Em Junho, o ouro deverá desvalorizar 3,5%, a maior queda desde Novembro de 2016. Esta desvalorização deve-se sobretudo ao fortalecimento do dólar.
No semestre que termina esta sexta-feira o ouro desvaloriza 3,9%.