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Fitch: Reestruturação da dívida grega pode ser "rapidamente" absorvida pela banca europeia

Os mais castigados serão os bancos gregos e, numa segunda linha, os cipriotas e os dos outros países periféricos do euro, como é o caso de Portugal. Já os grandes bancos europeus poderão atravessar ilesos a tormenta grega que se avizinha, se os seus impactos forem bem e rapidamente geridos.

21 de Junho de 2011 às 16:28
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Depois de ter avisado que qualquer reestruturação da dívida grega, por mais suave que fosse, dificilmente não desencadearia uma espiral de descidas de “ratings”, a Fitch veio hoje pôr água na fervura.

Num novo relatório, hoje divulgado, a agência de notação de risco esclarece que, se o processo for bem e rapidamente gerido, os cortes de “rating” de Estados e de bancos poderão ser residuais.

A agência diz que 34 grandes bancos europeus estarão em posse de aproximadamente 37 mil milhões de euros de títulos da dívida grega, o que representará 4% do Tier 1 agregado, ou seja, do rácio de capital de que dispõem para fazer frente a adversidades.

“Se os riscos de contágio forem rapidamente contidos, a grande maioria dos bancos europeus será capaz de absorver os riscos imediatos de crédito e de liquidez de uma reestruturação ou rescalonamento da dívida soberana da Grécia, com poucas, se algumas, acções negativas de ‘rating’”, afirma James Longsdon, analista sénior da Fitch.

O relatório da agência precisa, inclusive, que este cenário é válido “mesmo que a reestruturação ou rescalonamento da dívida grega seja considerado um ‘default’”.

De fora desta leitura mais benigna, ficam os cinco maiores bancos gregos (National Bank, Eurobank, Ergasias, Alpha Bank, Piraeus Bank e Agricultural Bank) que terão nos seus balanços muito mais dívida grega do que os todos os restantes bancos europeus: 45 mil milhões de euros. Nestes casos, os respectivos “ratings” serão cortados na proporção do da Grécia.

Vulneráveis estão também os “bancos mais frágeis nos outros países da periferia europeia”, caso de Portugal e da Irlanda, que poderão sofrer descidas de “rating”, também no rescaldo de cortes na notação de risco dos respectivos países. Na mesma linha, estão os bancos cipriotas e aos “pequenos bancos espanhóis”, acrescenta a Fitch.



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