Notícia
Crescimento da Zona Euro "perto da estagnação" no início de 2019
A atividade económica na Zona Euro está a cair há cinco meses consecutivos, tendo atingido o nível mais baixo em cinco anos e meio.
O arranque de 2019 foi negativo para a Zona Euro. Os dados da IHS Markit publicados esta terça-feira, 5 de janeiro, sinalizam uma situação próxima de estagnação na economia do euro, depois da travagem acentuada que se verificou no segundo semestre do ano passado. Itália e França são os dois focos de preocupação.
"A Zona Euro começou 2019 em baixa, com o crescimento perto da estagnação com a procura por bens e serviços a cair", resume o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, assinalando que o índice PMI de 51 pontos (ligeiramente acima da estimativa rápida) registado em janeiro deste ano "indica que o PIB está a crescer em termos trimestrais [em cadeia] a uma taxa de apenas 0,1%". Williamson antecipa assim que o primeiro trimestre de 2019 possa ser o pior desde 2013.
Acumulando cinco meses de quedas consecutivas, o índice compósito de gestores de compras (PMI) atingiu os 51 pontos em janeiro, aproximando-se cada vez mais da barreira dos 50 pontos que indica crescimento (acima) ou contração (abaixo). No caso de Espanha e da Alemanha o PMI ainda está acima dos 50 pontos, mas no caso de França e de Itália já está abaixo.
Também em janeiro foram essas duas economias a sentir mais a travagem. A desaceleração em França é a maior em quatro anos e o setor privado em Itália deu a maior queda em mais de cinco anos. No caso da economia italiana, esta entrou em recessão técnica no final do ano passado ao registar o segundo trimestre consecutivo de contração em cadeia [de um trimestre para o outro].
Esta travagem económica também já se sente no mercado de trabalho. Segundo a IHS Markit, a criação de emprego na Zona Euro no início do ano foi a mais baixa em 28 meses. No caso de Itália, o número de empregados desceu pela primeira vez desde setembro de 2015. Tal reflete também a queda da atividade industrial que tende a ser mais intensiva em mão-de-obra. Mas os números mostram que também nos serviços já se sente a desaceleração.
Ainda faltam os números dos dois próximos meses, mas os sinais são negativos e podem levar a acertos na política monetária. "Um começo do ano tão fraco iria significar que a projeção atualmente consensual de crescimento do PIB de 1,5% em 2019 para a Zona Euro teria de ser provavelmente revista em baixa, e isso poderá levar a sinais mais acomodatícios por parte do Banco Central Europeu (BCE)", considera o economista-chefe da IHS Markit, antecipando que "o pior pode estar para vir" uma vez que o número de novos pedidos que chegou às fábricas registou a maior queda em seis anos.
Na análise da IHS Markit, a culpada deste ambiente negativo é a incerteza política seja a nível local - principalmente por causa da saída do Reino Unido da União Europeia, os "coletes amarelos" em França e o Governo populista em Itália -, seja a nível mundial com o aumento das tensões comerciais entre as duas principais economias do mundo. "É visível que o ambiente empresarial está na sua fase mais desafiante desde o pico da crise das dívidas soberanas da Zona Euro", remata Chris Williamson.
"A Zona Euro começou 2019 em baixa, com o crescimento perto da estagnação com a procura por bens e serviços a cair", resume o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, assinalando que o índice PMI de 51 pontos (ligeiramente acima da estimativa rápida) registado em janeiro deste ano "indica que o PIB está a crescer em termos trimestrais [em cadeia] a uma taxa de apenas 0,1%". Williamson antecipa assim que o primeiro trimestre de 2019 possa ser o pior desde 2013.
Também em janeiro foram essas duas economias a sentir mais a travagem. A desaceleração em França é a maior em quatro anos e o setor privado em Itália deu a maior queda em mais de cinco anos. No caso da economia italiana, esta entrou em recessão técnica no final do ano passado ao registar o segundo trimestre consecutivo de contração em cadeia [de um trimestre para o outro].
Esta travagem económica também já se sente no mercado de trabalho. Segundo a IHS Markit, a criação de emprego na Zona Euro no início do ano foi a mais baixa em 28 meses. No caso de Itália, o número de empregados desceu pela primeira vez desde setembro de 2015. Tal reflete também a queda da atividade industrial que tende a ser mais intensiva em mão-de-obra. Mas os números mostram que também nos serviços já se sente a desaceleração.
Ainda faltam os números dos dois próximos meses, mas os sinais são negativos e podem levar a acertos na política monetária. "Um começo do ano tão fraco iria significar que a projeção atualmente consensual de crescimento do PIB de 1,5% em 2019 para a Zona Euro teria de ser provavelmente revista em baixa, e isso poderá levar a sinais mais acomodatícios por parte do Banco Central Europeu (BCE)", considera o economista-chefe da IHS Markit, antecipando que "o pior pode estar para vir" uma vez que o número de novos pedidos que chegou às fábricas registou a maior queda em seis anos.
Na análise da IHS Markit, a culpada deste ambiente negativo é a incerteza política seja a nível local - principalmente por causa da saída do Reino Unido da União Europeia, os "coletes amarelos" em França e o Governo populista em Itália -, seja a nível mundial com o aumento das tensões comerciais entre as duas principais economias do mundo. "É visível que o ambiente empresarial está na sua fase mais desafiante desde o pico da crise das dívidas soberanas da Zona Euro", remata Chris Williamson.