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Mapa: Portugal cresce acima da Zona Euro em 2019. Malta lidera subidas, Itália no fundo

A Comissão Europeia vê Portugal a crescer acima da Zona Euro em 2019. Malta deverá ser o país que mais cresce ao passo que Itália estará no fundo da tabela.

AFP
07 de Fevereiro de 2019 às 11:55
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As previsões intercalares de Inverno da Comissão Europeia divulgadas esta quinta-feira, 7 de fevereiro, traçam um cenário mais cinzento para as economias do euro. Depois do pico do ciclo em 2017 e a desaceleração em 2018, a Zona Euro vai meter definitivamente o pé no travão em 2019 ao crescer 1,3%. As projeções de Bruxelas mostram que este ano será o pior da retoma económica.

No caso de Portugal, a Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento de 2019 de 1,8% para 1,7%, bem abaixo dos 2,2% estimados pelo Governo. Em causa está uma contribuição mais fraca das exportações líquidas e uma travagem do consumo privado que não são compensadas pela aceleração do investimento.

Ainda assim, este corte na previsão fica abaixo do corte para o conjunto da Zona Euro pelo que Portugal continuará a crescer acima da média dos 19 países pelo terceiro ano consecutivo. A economia portuguesa vai ser o 19.º país que mais cresce em 2019, ao lado da Holanda. Entre os 19 países da Zona Euro, Portugal é o 13.º que mais cresce.
 

Na mó de cima está Malta que crescerá 5,2% este ano, depois de ter expandido ao ritmo de 6,2% em 2018. Segundo a análise feita pela Comissão Europeia, a economia maltesa é uma das mais dinâmicas na Europa, o que reflete o aumento do consumo privado e público. Para o futuro próximo, Bruxelas antecipa uma aceleração do investimento graças à construção de infraestruturas no país. 

Na mó de baixo está Itália. A economia italiana terá crescido 1% em 2018, ano em que entrou em recessão técnica ao contrair dois trimestres consecutivos em cadeia (de um trimestre para o seguinte). Em 2019, Itália ficará perto da estagnação ao crescer 0,2%, segundo as previsões da Comissão. 

Bruxelas culpa o Governo pela travagem: "A desaceleração inicial estava largamente relacionada com o menor dinamismo do comércio mundial, mas a recente travagem da atividade económica é mais atribuível à fraca procura interna, particularmente no investimento, devido à incerteza relacionada com a política do Governo e o aumento dos custos de financiamento". 

Na conferência de imprensa posterior à divulgação das previsões, Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, admitiu que as políticas orçamentais expansionistas possam ter um efeito positivo a curto-prazo, mas assinalou que os efeitos indiretos da política do Governo (aumento dos custos de financiamento, da confiança e da incerteza na banca) continua a pesar na economia italiana. 

A puxar a média da Zona Euro ainda mais para baixo está a Alemanha. A economia alemã deverá crescer 1,1%, bem abaixo da expansão económica dos últimos anos. A Comissão Europeia atribui essa desaceleração ao setor automóvel, que sofreu com a introdução das novas regras das emissões poluentes, mas também, de forma mais geral, à fraqueza das exportações e do consumo privado. 

Nota: Estas comparações das taxas de variação do PIB em cada ano entre os países da União Europeia escondem grandes diferenças entre as economias dos países. As economias menos desenvolvidas tendem a crescer mais em termos percentuais ao passo que as economias mais desenvolvidas tendem a crescer menos em termos percentuais.

Além disso, a média da Zona Euro e da União Europeia é muito influenciada pela ponderação que é feita pela dimensão das economias: isto é, a Alemanha, por exemplo, corresponde a cerca de um terço da economia do euro, logo a sua influência na média é muito relevante. 

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