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Produção industrial na Zona Euro regista maior queda desde 2009

A produção das indústrias na região da moeda única desceu 4,2% em dezembro, em termos homólogos, a maior queda em nove anos. Apesar do desempenho negativo no final do ano, este indicador cresceu 1,1% em 2018.

David Cabral Santos
13 de Fevereiro de 2019 às 11:19
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É mais um sinal que confirma a desaceleração registada pelas economias do euro no final do ano passado: a produção das indústrias registou a maior queda desde novembro de 2009, ano marcado pela crise financeira global.

Segundo os dados do Eurostat, revelados esta quarta-feira, 13 de fevereiro, a produção industrial na região da moeda única caiu 4,2% em dezembro, face ao mesmo mês do ano anterior, o que representa o pior registo em nove anos. Já na União Europeia este indicador desceu 2,7% em termos homólogos, o maior recuo desde novembro de 2012.

Na Zona Euro, esta descida segue-se a um recuo de 3% em novembro, que foi o culminar de uma deterioração dos números que foi observada a partir do início do segundo semestre. Apesar das descidas registadas em novembro e dezembro – as duas únicas quedas homólogas ao longo do ano – o balanço de 2018 foi positivo para o indicador, que cresceu 1,1% no ano.

Olhando apenas para os números de dezembro, todos os grupos deram um contributo negativo para o indicador geral, com a produção de bens de capital a cair 5,5%, bens de consumo duradouro a recuar 4,4%, energia 4,2% e bens intermédios 4%.

Entre os Estados-membros da União Europeia, as maiores descidas foram observadas na Irlanda (-19,8%), Espanha (-6,7%) e Croácia (-6,6%) enquanto os maiores aumentos aconteceram na Dinamarca (14,3%), Hungria (5,8%) e Estónia (5,7%). Portugal teve um desempenho mais positivo do que a média dos países do euro, tendo registado uma descida de 0,7%, depois da quebra de 3% em novembro. 

Na comparação em cadeia, ou seja em relação ao mês anterior, a produção industrial caiu 0,9% na Zona Euro e 0,5% na União Europeia a 28.

Os dados conhecidos esta quarta-feira juntam-se a uma serie de indicadores revelados recentemente que apontam para um abrandamento da atividade económica no bloco europeu, e que estão na base das perspetivas mais pessimistas das instituições internacionais para o próximo ano.

Ainda na semana passada, a Comissão Europeia baixou a previsão em 0,6 pontos percentuais, estimando agora um crescimento de 1,3% para a Zona Euro que, a confirmar-se, marcará o pior ano da retoma económica da região da moeda única.

Esta quinta-feira, o Eurostat vai revelar a primeira estimativa para o crescimento do PIB na Zona Euro e União Europeia no quarto trimestre do ano passado.
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