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Atentados de Março em Bruxelas custaram quase mil milhões em receitas fiscais
Os atentados de 22 de Março em Bruxelas custaram à Bélgica quase mil milhões de euros em receitas fiscais e queda nas vendas, representando cerca de 0,1% do PIB, segundo um relatório hoje divulgado.
O relatório, encomendado pelo Ministério da Economia belga e publicado hoje em vários órgãos de comunicação social, indica que no primeiro trimestre deste ano foram registadas 112,5 milhões de vendas a menos, enquanto na região da Flandres caiu para 33 milhões no número total de vendas e na Valónia para 20 milhões.
Os sectores mais afectados foram a hotelaria, o pequeno comércio, as actividades culturais e de entretenimento.
Em Março de 2016, a taxa de ocupação hoteleira em Bruxelas caiu para 36%, em comparação com os 45% registados em igual período de 2015.
No sector da hotelaria belga registaram-se perdas de 359 milhões de euros por causa dos atentados.
O ministro da Economia belga, Kris Peeters, reconheceu, em declarações ao diário "Dernière Heure", que vão ser necessários "meses ou anos para saber o impacto económico e os danos da imagem do país a curto e médio prazo".
Peeters adiantou que o Governo belga "activou todos os instrumentos possíveis para ajudar as empresas".
O ministro disse ainda esperar que as férias e o bom tempo, os turistas apostem em Bruxelas e noutras cidades turísticas do país, pelo que recomendou aos profissionais do sector "para se manterem vigilantes".
Os atentados também provocaram um aumento de benefícios em outros sectores como o táxi, que devido às limitações nos transportes públicos em Bruxelas depois dos atentados, aumentou a facturação em 6,8%.
Os atentados suicidas no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas em Março causaram 32 mortos. Os dois atentados foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.