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Estado Islâmico reivindica ataque a igreja em França
Os dois sequestradores que, segundo o presidente francês, reclamaram pertença ao Estado Islâmico, foram abatidos pela polícia francesa depois de assassinarem um dos reféns numa igreja da Normandia.
Poucos minutos depois de o presidente francês, François Hollande, ter anunciado que os dois atacantes que mataram esta manhã um padre no Norte de França alegaram pertencer ao Daesh, a organização que se auto-intitula "Estado Islâmico" veio confirmar a informação e reivindicar o atentado.
Segundo o jornal francês Le Figaro, a autoria do ataque foi reclamada através de um comunicado da agência de informação Amaq, que oficialmente representa o Daesh.
BREAKING: #ISIS claims Normandy Church attack through their news agency Amaq pic.twitter.com/ND6k0WfQKu
— Conflict News (@Conflicts) 26 de julho de 2016
Segundo o Le Figaro, um dos atacantes que sequestraram várias pessoas numa igreja na cidade de Saint-Etienne-du-Rouvray saiu da prisão em Março com pulseira electrónica depois de ter sido condenado por associação terrorista.
Os dois homens, armados com facas, fizeram vários reféns numa igreja no norte de França, num ataque esta terça-feira, 26 de Julho, que começou entre as 09:00 e as 09:30 locais (entre as 08:00 e as 08:30 de Lisboa). Acabaram por matar um dos reféns, um padre, antes de serem abatidos pela polícia.
Segundo o porta-voz do ministério do Interior, outro dos cinco reféns está gravemente ferido.
"A certa altura, os dois sequestradores saíram da igreja e foi aí que foram mortos pela força de elite BRI", referiu o porta-voz do ministro do Interior Pierre-Henry Brandet em declarações à France Info radio, citadas pela Reuters.
O presidente francês François Hollande, que se deslocou ao local juntamente com o ministro do Interior Bernard Cazeneuve, afirmou ainda que o ataque na igreja se tratou de um "ignóbil atentado terrorista" e que França tem de lutar contra o Estado Islâmico de todas as formas.
"O Daesh declarou guerra contra nós, devemos travar esta guerra com todos os meios, respeitando o Estado de Direito, o que nos torna uma democracia", afirmou Hollande em declarações aos jornalistas, no local.
No Twitter, o primeiro-ministro Manuel Valls classificou o ataque como "bárbaro" e garantiu que os franceses vão permanecer unidos.
Horreur face à l'attaque barbare d'une église de Seine-Maritime. La France entière et tous les catholiques sont meurtris. Nous ferons bloc.
— Manuel Valls (@manuelvalls) 26 de julho de 2016
O Vaticano também já condenou o ataque dizendo que se tratou de um "assassinato bárbaro", ainda mais odioso por ter ocorrido num local sagrado.
"Estamos particularmente chocados porque esta horrível violência ocorreu numa igreja, num local em que o amor de Deus é anunciado", referiu o porta-voz do vaticano Federico Lombardi.
O porta-voz acrescentou ainda que o Papa Francisco está a sentir "a dor e o horror desta violência absurda" e "condena da forma mais radical qualquer forma de ódio".
Este é o mais recente de uma onda de ataques que tem assolado a Europa nas últimas semanas. Em França, o sequestro na igreja da Normadia acontece 12 dias depois de um tunisino de 31 anos ter provocado a morte de 84 pessoas em Nice.
(Notícia actualizada às 12:00)