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Anúncio de demissão de Monti faz soar os alarmes em Bruxelas
O anúncio de que o primeiro-ministro italiano se vai demitir logo que a proposta de Orçamento do Estado para 2013 esteja aprovada fez soar os alarmes em Bruxelas.
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Imediatamente, o presidente da Comissão Europeia veio a terreiro dizer que as reformas adoptadas por Mario Monti são indispensáveis. É preciso que as próximas eleições "não se convertam num pretexto para duvidar do indispensável que são as medidas adoptadas pelo governo de Monti", disse numa entrevista ao diário italiano "Il Sole 24 Ore". Os italianos não devem cair "na ilusão de que existem soluções rápidas ou mágicas [para sair da crise]", defendeu, numa entrevista onde elogiou o papel de Monti no debate europeu.
A intenção de Monti se demitir foi tornada pública pelo presidente italiano, Giorgio Napolitano, após uma audição de duas horas entre os dois. A decisão surge depois de Silvio Berlusconi ter retirado o apoio do seu partido ao governo, assim que o parlamento aprovar legislação orçamental decisiva.
Monti chefia um governo de tecnocratas, não eleito, que há um ano substituiu o executivo de Berlusconi para adoptar um programa de austeridade que evitasse um pedido de empréstimo internacional.