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CPF: Atingir a meta de défice exigirá uma “gestão exigente” até ao final do ano

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) nota que o défice do primeiro trimestre está muito longe do objectivo para o ano, mas continua a considerar ser possível atingir a meta de 2,7% do PIB.

09 de Julho de 2015 às 17:13
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O Governo português está cada vez mais sozinho na sua previsão de défice orçamental para este ano. As instituições internacionais já esperam um valor superior e ontem a Universidade Católica alinhou com elas. Hoje, o CFP também reconheceu o risco de se falhar a meta, embora tenha sublinhado que ainda não está fora do alcance do Executivo. Contudo, será necessária uma "gestão exigente" até ao final do ano.

 

"Com efeito, o défice observado no primeiro trimestre situa-se 3,1 p.p. acima do objectivo estabelecido pelo MF para o ano de 2015 (2,7% do PIB)", pode ler-se no relatório do CFP sobre a evolução orçamental até ao final do primeiro trimestre de 2015. ). "Este facto deve constituir um alerta mas não é necessariamente indicativo do desempenho esperado para o conjunto do ano, dado que a evolução nos trimestres seguintes de alguns dos agregados orçamentais mais influentes no saldo, como é o caso da receita fiscal, não é directamente extrapolável do seu comportamento nos primeiros três meses."

 

Algumas linhas depois, a instituição liderada por Teodora Cardoso sublinhava que, "embora o primeiro trimestre não seja representativo do desempenho orçamental anual, a referida percentagem é superior à que se costuma verificar em igual período". "Atingir um défice ajustado de 2,8% em 2015 implica uma gestão exigente no conjunto dos três trimestres seguintes", acrescenta.

 

Ou seja, para o CFP, os dados do primeiro trimestre "devem servir de alerta mas não são necessariamente indicativos do desempenho esperado para o conjunto do ano". 

 

A Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional antecipam que o défice orçamental deste ano se fixe nos 3,2% e 3,1% do PIB, muito acima dos 2,7% inscritos pelo Governo no Orçamento do Estado. OCDE prevê défice de 2,9%. 

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