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Seguro quer convergência de médio prazo para reforma da educação

O secretário-geral do PS acusou hoje o Governo de estar numa deriva liberal para destruir a educação pública e defendeu uma ampla convergência de médio prazo em torno de uma reforma estrutural para maior autonomia das escolas.

Paulo Duarte/Negócios
16 de Setembro de 2013 às 18:07
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Estas posições foram assumidas por António José Seguro num vivo debate sobre educação na Escola Secundária de Caneças, em que teve ao seu lado a presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador, que se recandidata ao lugar nas próximas eleições autárquicas.

 

O debate animou com uma intervenção de uma professora de História, que afirmou ter mais de 30 anos de serviço e que se afirmou cansada que a educação seja palco de confronto entre os partidos políticos.

 

"É digno este espectáculo dos últimos anos em relação aos professores? Qual é agora a dignidade pública da profissão de professor", questionou a docente.

 

Seguro respondeu pouco depois, considerando que a educação tem sido objecto de discussão política "porque os partidos têm visões muito diferentes do ponto de vista ideológico".

 

"O PS entende que o dinheiro aplicado na educação é um investimento de futuro e não uma despesa, mas o actual Governo não pensa assim. Quando este Governo ataca os fundamentos constitucionais da educação pública e radicaliza, o PS não pode ficar de braços cruzados", advogou.

 

Mas o secretário-geral foi ainda mais longe no ataque ao executivo PSD/CDS, dizendo que está apostado numa "deriva liberal no sentido de destruir a escola pública".

 

Neste contexto, Seguro rejeitou o modelo de educação dual defendido pelo Governo, alegando que gera desigualdades sociais, e propôs um caminho alternativo, partindo então de uma crítica aos modelos centralistas de educação.

 

"Portugal não tem um verdadeiro Ministério da Educação, mas sim um ministério da administração escolar", disse, antes de defender uma reforma estrutural no sentido de uma maior autonomia das escolas - reforma que, na sua perspectiva, deverá estar assente "numa ampla convergência política para duas ou três legislaturas".

 

Ao longo do debate, Seguro elogiou a política de apoios sociais desenvolvida pela Câmara de Odivelas na área educativa e ouviu muitas críticas de professores e encarregados de educação pela forma como o Governo preparou a abertura do ano escolar.

 

"É tudo feito em cima do joelho", queixou-se uma professora, enquanto um outro docente protestou pela falta de opções nas disciplinas do ensino profissional.

 

Susana Amador antecipou-se a essas queixas e logo no início do debate disse qual era o objectivo do PS com este tipo de acções.

 

"É fundamental ouvirmos quem está no terreno (professores, encarregados de educação e alunos). Temos de transformar as nossas apreensões em políticas públicas de qualidade", justificou a presidente da Câmara de Odivelas.

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