António Costa afirmou que a "educação e o trabalho decente fazem parte da nossa matriz política" e descreveu-os como "dois vectores fulcrais para combater a pobreza e as desigualdades". "A educação e o investimento na requalificação representam o investimento na igualdade de oportunidades e a luta por melhor emprego", quantificou, deixando claro que esta será uma prioridade caso venha a ser eleito primeiro-ministro nas eleições do próximo ano. Até porque "o investimento na educação é a única condição para termos emprego decente, com segurança e remuneração justa".

"Nestes últimos anos tem persistido a opinião dominante, defensora da austeridade, que não se cansa de repetir que é tempo de reduzir gastos na educação e emprego. Dizem-nos que o Estado tem de ser redimensionado, diminuir a sua esfera de acção" e que não há "outra alternativa senão enfraquecer a escola pública", sendo que o sector provado "irá suprir as necessidades", denunciou.

Porém, garante Costa, "o investimento em educação não é desperdício, é uma forma de garantir oportunidades a todos de realizarem o seu potencial de desenvolvimento pessoal", bem como "promover mais igualdade, criar mais e melhor emprego", porque um "país com pessoas mais qualificadas atinge maiores índices de desenvolvimento económico e cria condições para uma sociedade de prosperidade mais partilhada".

Qualificação dos adultos também é essencial

A agenda socialista na educação "passa por qualificar os mais jovens", sendo que "o ensino secundário completo deve ser o patamar mínimo". E isso só será possível se se "garantir o acesso a todos os níveis de educação", desde a "educação pré-escolar". Apesar disso, "o nosso desafio para a qualificação dos recursos humanos não se esgota nos mais jovens". Há ainda um "problema", um "défice de qualificações em população adulta e em idade activa", reconhece.

A "educação ao longo da vida é a única garantia de que todos poderão continuar a realizar-se contribuindo para a sustentabilidade do nosso Estado Social", antecipa o líder do PS.