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Zona Euro descola do Reino Unido e dos EUA

A economia da moeda única está há um ano a crescer mais rápido do que a do Reino Unido, algo que não sucedia desde a explosão da crise da dívida. Os dados do mercado de trabalho também continuam a ser positivos.

Reuters
01 de Novembro de 2017 às 19:20
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A recuperação da economia da moeda única continua a ganhar força. A Zona Euro cresceu 2,5% no terceiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2016, o ritmo mais forte desde o arranque de 2011. Este resultado permite aos países do euro descolarem do Reino Unido, assim como dos Estados Unidos.

Esta estimativa rápida de crescimento foi publicada terça-feira pelo Eurostat e representa uma aceleração face às variações de 2% e 2,3%, observadas no primeiro e segundo trimestre do ano, tendo surpreendido pela positiva os analistas. "O crescimento da Zona Euro é bastante abrangente neste momento, dando força ao argumento de que a recuperação está sólida", refere Kathleen Brooks, da City Index, citada pelo Guardian. "Apesar dos seus problemas políticos com a Catalunha, Espanha registou um crescimento de 3,1% no terceiro trimestre, enquanto França bateu as expectativas e atingiu 2,2%."

O desempenho é positivo e destaca-se ao comportamento da economia britânica, tanto de uma perspectiva homóloga (2,5% vs. 1,5%) como em cadeia (0,6% vs. 0,4%). Num mundo pós-Brexit é o quarto trimestre consecutivo em que a Zona Euro cresce mais rápido do que o Reino Unido. Para encontrar outro período em que os países da moeda única tenham crescido mais do que o Reino Unido é necessário recuar até 2010/2011. Desde essa altura – até ao final do ano passado – a economia britânica tem tido um desempenho melhor do que a Zona Euro.

Os países da moeda única não se destacam apenas face ao Reino Unido. Nos últimos dois anos têm crescido também mais rápido do que os EUA. Algo que também já não acontecia desde 2011.

Parte da explicação está no bom desempenho do mercado de trabalho europeu, onde Portugal é um dos melhores exemplos. Também na terça-feira, o Eurostat divulgou a taxa de desemprego de Setembro na Zona Euro, observando-se uma nova descida, de 9% para 8,9%. O valor mais baixo desde Janeiro de 2009. "Um emprego ainda a crescer e uma taxa de desemprego a cair aumentaram a confiança das famílias e o consumo nos três primeiros trimestres de 2017", refere Raj Badiani, do IHS Markit.

Um indicador que ainda não parece estar a recuperar é a inflação, que recuou de 1,5% para 1,4% em Outubro. Se excluirmos os bens energéticos e alimentares, assim como tabaco e álcool, a inflação está abaixo de 1%. 

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