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Juncker não se mostra surpreendido com a recuperação económica de Portugal

Em entrevista ao Expresso, o presidente da Comissão Europeia diz não estar surpreendido com a recuperação económica conseguida por Portugal. Juncker defende que a despesa com os incêndios não deve penalizar o défice.

Reuters
Negócios 01 de Novembro de 2017 às 15:50
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Jean-Claude Juncker não ficou surpreendido com a recuperação económica portuguesa, que regista um crescimento "forte e amplo", um desemprego "a cair" e um sector financeiro "mais robusto". Resultados que o presidente da Comissão Europeia atribui aos "sacrifícios" e à "determinação do povo português ao longo dos anos para concluir o programa de apoio à estabilidade e trazer o país para um caminho sustentável".

 

Em entrevista concedida ao Expresso, Juncker, que esteve em Portugal no início da semana para participar no Conselho de Estado realizado na segunda-feira, defende a necessidade de aprofundar a integração no âmbito da Zona Euro "para fortalecer a sua capacidade para apoiar a política monetária e as políticas económicas nacionais e para democratizar ainda mais a nossa rede comum".

 

"Não podemos esperar por outra crise", diz o ex-primeiro-ministro luxemburguês que salienta que, entre outros, o primeiro-ministro António Costa mostra ter "noção da urgência de dar os passos necessários".

 

O presidente da Comissão voltou ao tema dos incêndios para defender que a despesa orçamental de Portugal com os incêndios não deve ser considerada para efeitos de défice orçamental, lembrando o carácter atribuído por Bruxelas aos custos assumidos pela Itália com os diversos terramotos que atingiram o país.

 

"Os custos associados de respostas de emergência podem ser classificados como pontuais e assim excluídos da avaliação do cumprimento das regras orçamentais por um Estado-membro. Foi assim, por exemplo, com as despesas directamente relacionadas com os sismos em Itália."

 

Durante o Conselho Europeu que decorreu há duas semanas, em Bruxelas, o comissário europeu para os Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici, já defendera que a despesa orçamental com os incêndios não deve ser contabilizada no défice orçamental.


Na segunda-feira, Juncker já tinha dito, a propósito do "risco de desvio significativo" para que alertava a Comissão Europeia numa carta enviada para Lisboa sobre a proposta para o Orçamento do Estado para 2018, se tratava afinal de "um pequeno problema" que "resolveremos".

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