Notícia
UE reconhece "rivalidade" com Pequim e quer cortar com produtos chineses
Von der Leyen quer os europeus independentes dos semicondutores e das matérias-primas chinesas, por causa do que aconteceu com o gás e o petróleo russos. UE vai controlar o investimento direto estrangeiro chinês nos 27.
Depois do Presidente chinês Xi Jinping ter ordenado às energéticas do país para não revenderem gás natural liquefeito (GNL) a compradores estrangeiros, incluindo países europeus, a resposta de Bruxelas não se fez esperar.
Ao segundo dia de maratona do Conselho Europeu, a China foi um dos temas principais em debate e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou bem claro que tanto esta decisão como a aproximação da Rússia à China desde o início da guerra na Ucrânia "vai afetar a relação do gigante asiático com Bruxelas".
Von der Leyen falou mesmo de uma "espécie de rivalidade" com Pequim, o que leva à importância de os 27 não ficarem dependentes de tecnologias e das matérias-primas provenientes da China. Lembrando o que aconteceu com o gás e o petróleo russos, a responsável garante que a UE "aprendeu uma dura lição" e por isso tem de aumentar a produção doméstica de tecnologias chave, como semicondutores, por exemplo. Para isso, conta já com a ajuda dos Estados Unidos.
"Quando somos muito dependentes de um só país há problemas, como já se viu", frisou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acrescentando: "Estamos numa fase de transição geopolítica".
"Há claramente uma aceleração de tensões por parte da China, com o Presidente Xi Jinping a afirmar o domínio do país, não só na Ásia, mas globalmente. Desde o chamado 'acordo sem limites' entre Rússia e China que existe uma rivalidade com Pequim. Por isso estamos muito vigilantes sobre as nossas dependências (de semicondutores e matérias-primas) face à China. Aprendemos a lição", disse Ursula von der Leyen.
A aprovação dos "European Chips Act" e do "Raw Material Act" foram passos muito importantes nessa direção, segundo a presidente.
Reconhecendo que a Europa está ainda muito dependente de países terceiros neste domínio tecnológico, a presidente da Comissão Europeia deu conta do trabalho para "encontrar outros fornecedores e trabalhar com parceiros mais confiáveis".
Já ao nível de um maior rastreio e controlo do investimento estrangeiro, destacou várias ferramentas que entrarão em funcionamento na primavera de 2023 - o International Procurement Instrument, o Regulation on Foreign Subsidies e ainda o Anti Coersion Instrument - que trarão "riscos acrescidos à relação com a China".
Na mesma conferência de imprensa, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, lembrou que há "diferenças fundamentais" nos sistemas políticas da UE e da China.
"Queremos introduzir uma maior reciprocidade nas relações entre a Europa e a China, em todos os tópicos. E garantir a nossa autonomia e independência em termos estratégicos", disse Michel, falando em "diversificar as parcerias com o resto do mundo".
Para isso, a UE tem encontros marcados com os países da ASEAN, já em dezembro, também com os países africanos, e uma cimeiras com os Estados da América Latina, em 2023.
Ao segundo dia de maratona do Conselho Europeu, a China foi um dos temas principais em debate e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou bem claro que tanto esta decisão como a aproximação da Rússia à China desde o início da guerra na Ucrânia "vai afetar a relação do gigante asiático com Bruxelas".
"Quando somos muito dependentes de um só país há problemas, como já se viu", frisou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acrescentando: "Estamos numa fase de transição geopolítica".
"Há claramente uma aceleração de tensões por parte da China, com o Presidente Xi Jinping a afirmar o domínio do país, não só na Ásia, mas globalmente. Desde o chamado 'acordo sem limites' entre Rússia e China que existe uma rivalidade com Pequim. Por isso estamos muito vigilantes sobre as nossas dependências (de semicondutores e matérias-primas) face à China. Aprendemos a lição", disse Ursula von der Leyen.
A aprovação dos "European Chips Act" e do "Raw Material Act" foram passos muito importantes nessa direção, segundo a presidente.
Reconhecendo que a Europa está ainda muito dependente de países terceiros neste domínio tecnológico, a presidente da Comissão Europeia deu conta do trabalho para "encontrar outros fornecedores e trabalhar com parceiros mais confiáveis".
Já ao nível de um maior rastreio e controlo do investimento estrangeiro, destacou várias ferramentas que entrarão em funcionamento na primavera de 2023 - o International Procurement Instrument, o Regulation on Foreign Subsidies e ainda o Anti Coersion Instrument - que trarão "riscos acrescidos à relação com a China".
Na mesma conferência de imprensa, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, lembrou que há "diferenças fundamentais" nos sistemas políticas da UE e da China.
"Queremos introduzir uma maior reciprocidade nas relações entre a Europa e a China, em todos os tópicos. E garantir a nossa autonomia e independência em termos estratégicos", disse Michel, falando em "diversificar as parcerias com o resto do mundo".
Para isso, a UE tem encontros marcados com os países da ASEAN, já em dezembro, também com os países africanos, e uma cimeiras com os Estados da América Latina, em 2023.