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Timor-Leste pode comprar até 500 milhões de dólares de dívida portuguesa

O presidente da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças de Timor-Leste, Manuel Tilman, disse hoje que a Lei do Fundo Petrolífero permite a aplicação de até 500 milhões de dólares (368,9 milhões de euros), na dívida portuguesa.

16 de Novembro de 2010 às 16:53
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Em declarações à Lusa, Manuel Tilman, do partido Kota, disse concordar inteiramente com as palavras do Presidente da República, acerca da possibilidade de Timor-Leste ajudar Portugal, comprando títulos da sua dívida pública.

"Nós podemos comprar dívida de Portugal, calculando cinco dos dez por cento que a Lei do Fundo Petrolífero permite. Temos 90% obrigatoriamente aplicados em obrigações do tesouro norte-americano, mas 10% podem ser aplicados noutros activos, como acções, ou obrigações noutras moedas como o Euro", disse.

Na sua opinião, "calculando a rentabilidade do investimento a longo prazo, e a ligação entre Timor e Portugal e a situação que Portugal tem hoje, as autoridades timorenses podem aplicar no mercado financeiro português comprando dívida, até cerca de quinhentos milhões de dólares" (368,9 milhões de euros).

"A Lei permite-o. Calculando bem, nós podemos investir uma parte do nosso dinheiro em euros no mercado português, cujo valor máximo pode ir até aos 500 milhões de dólares", sublinhou.

Para Manuel Tilman, "não haverá impacto negativo para Timor-Leste de fazer a aplicação na dívida portuguesa e há até dois impactos positivos: um económico e financeiro, da remuneração desse investimento, e o outro político, da solidariedade de um país pequeno como Timor, membro da CPLP, que neste momento não tem problemas financeiros, e pode ajudar Portugal".

"Um dia, se nós tivermos problemas, provavelmente Portugal, Brasil, Angola ou Moçambique poderão ajudar-nos", observou.

O presidente da comissão parlamentar de Economia e Finanças dá o seu acordo à abertura demonstrada pelo Presidente da República:"Eu concordo com a declaração do Presidente da Republica, no sentido de, fazendo bem os cálculos e cumprindo a Lei do Fundo Petrolífero, podermos investir no país irmão que é Portugal, ajudando a nação portuguesa nesta situação de dificuldade".

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, declarou no domingo passado que o seu país poderá adquirir dívida portuguesa, no âmbito de uma estratégia de diversificação das aplicações do Fundo Petrolífero, mas advertiu que Portugal tem de avançar com propostas.

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