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Juros da casa não desciam tanto desde janeiro de 2013
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu 7 pontos base entre julho e agosto, fixando-se em 4,417% no mês passado.
Os juros do crédito da casa abrandaram pelo sétimo mês consecutivo em agosto, refletindo a tendência de arrefecimento das Euribor e assinalando a maior descida mensal desde janeiro de 2013. A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 4,417% em agosto, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 4,417%, valor inferior em 7,0 p.b. face ao registado no mês anterior, acumulando uma redução de 24,0 p.b. desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%)", detalha o INE.
Nos novos créditos, celebrados nos últimos três meses, a descida acontece há dez meses consecutivos e a taxa de juro foi de 3,665% em agosto, com uma redução de 4,8 pontos base. Neste caso a diminuição acumulada desde o máximo atingido em outubro do ano passado é de 71,5 pontos base.
"Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 4,377% (-7,1 p.b. face a julho). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro diminuiu 5,2 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 3,639%", especifica o instituto de estatísticas.
O abrandamento foi também registado na prestação, embora o valor médio se mantenha praticamente inalterado desde janeiro, oscilando entre 403 e 405 euros. Em agosto foi de 404 euros, uma descida de um euro face ao registado em julho e uma subida de 25 euros comparado com o mesmo mês do ano passado.
Deste valor, 242 euros (60%) correspondem a pagamento de juros e 162 euros (40%) a capital amortizado. A título de comparação, em agosto de 2023, a componente de juros representava 57% do valor médio da prestação, ou seja, 379 euros.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação ainda subiu seis euros em agosto face ao mês anterior, para 617 euros (uma descida 1% face ao mesmo mês do ano anterior).
O INE acrescenta ainda que, em agosto de 2024, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 345 euros face ao mês anterior, fixando-se em 66.874 euros. Para os novos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 128.791 euros, mais 1.250 euros do que em julho.