Os dados foram publicados esta sexta-feira, 30 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo os mesmos, os emigrantes portugueses que saíram do país com o objectivo de ficarem fora pelo menos um ano fixou-se em 49,5 mil, dos quais 65% são homens e 35% são mulheres. Dois terços tiveram como destino países da União Europeia e 93% eram pessoas em idade activa.

Dizer que a esmagadora maioria estava em idade activa não é muito esclarecedor, uma vez que esse intervalo vai dos 15 aos 64 anos. Contudo, se olharmos com mais atenção para os intervalos de idade dos emigrantes, verificamos que grande parte pertence a escalões jovens, mas já tipicamente em idade de trabalhar e também de ter filhos.

Desses 49,5 mil emigrantes permanentes, 27,7 mil tinha entre 20 e 39 anos e mais de um terço tinha entre 20 e 29 anos. Alargando a análise a quatro anos (2011-2014), dos 200 mil emigrantes permanentes, 114 mil estavam entre os 19 e os 39 anos.

Entre os emigrantes temporários - que saem com o objectivo de ficar lá fora três meses a um ano -, as contas não são muito diferentes. Em 2014, eram 85 mil, muitos mais do que os emigrantes permanentes. Enquanto o número de emigrantes permanentes caiu 8% face a 2013, o número de emigrantes temporários aumentou 14%. 72% dos temporários são homens, 64% emigraram para países da UE e 94% estavam em idade activa.

Desses 85 mil emigrantes, 62% estavam entre os 20 e os 39 anos de idade. Se, mais uma vez, estendermos este exercício aos últimos quatro anos, o total de temporários é de 286 mil, 54% dos quais (154 mil) está entre os 20 e os 39 anos.