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Rússia diz ter atingido mais de 800 alvos militares ucranianos

O porta-voz do Ministério da Defesa russo anunciou a tomada da cidade de Melitopol e o ataque a um total de 821 alvos militares ucranianos. Os ataques já provocaram na Ucrânia 198 vítimas mortais e mais de 1.000 feridos.

Lusa_EPA/reuters
26 de Fevereiro de 2022 às 11:48
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Mais de 800 alvos militares ucranianos foram atacados com mísseis de cruzeiro russos durante as primeiras horas deste sábado, numa altura em que a Ucrânia conta 198 vítimas mortais, incluindo três crianças, e mais de 1.000 feridos.

"Durante a noite, as forças armadas russas usaram armas de alta precisão contra a infraestrutura militar da Ucrânia, que destruíram com mísseis de cruzeiro terrestres e navais", informou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, detalhando que o alvo eram 821 instalações militares.

O mesmo porta-voz deu conta do abate de sete aviões ucranianos, sete helicópteros e de nove drones, e ainda da aniquilação de oito barcos de combate, de 87 tanques e veículos blindados, 28 lançadores múltiplos e 118 veículos e equipamentos militares.

Segundo Igor Konashenkov, as forças russas tomaram a cidade de Melitopol, localizada no sul da Ucrânia, onde estão a tomar "todas as medidas para garantir a segurança da população civil e evitar provocações dos serviços secretos ucranianos e de nacionalistas".

Por seu lado, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que nas últimas horas aumentaram as perdas de tropas inimigas, tendo apontado o abate de 14 aviões e de oito helicópteros, bem como a destruição de 102 tanques e de 536 veículos blindados.

A agência Efe adianta que, segundo a entidade militar ucraniana, os russos teriam perdido mais de 3.000 soldados nos combates.

Hoje, o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, adiantou que o número de vítimas mortais desde que começou a invasão russa ascende a 198, incluindo três crianças, havendo ainda a contabilizar mais de 1.000 feridos.

"Infelizmente, de acordo com os dados operacionais, 198 pessoas morreram às mãos dos invasores, incluindo três crianças, e 1.115 ficaram feridas, incluindo 33 crianças", escreveu o ministro Viktor Lyashko numa mensagem publicada no Facebook.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.

A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde primeiro dia de combates.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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