Notícia
Portugal é dos que menos usa sacos de plástico na UE, mas prepara cobrança dos ultraleves
Dados do Eurostat indicam que, em 2021, cada português consumia, em média, nove sacos de plástico, só atrás dos belgas, com cinco.
Portugal tem a segunda mais baixa taxa de consumo de sacos de plástico "per capita" da União Europeia (UE), a seguir à Bélgica, revelam dados publicados, esta semana, pelo Eurostat.
Em 2021, ano a que se reportam as estatísticas mais recentes, Portugal registou um consumo médio de nove sacos de plástico por pessoa, ficando apenas atrás do desempenho da Bélgica, com cinco, e à frente da Suécia, com 16.
No entanto, Portugal não reportou os dados divididos por tipo de saco de plástico, ao contrário da Bélgica e da Suécia que informaram, em concreto, que o consumo dos ultraleves correspondeu a um e a dois sacos por pessoa, respetivamente. Isto quando se prepara para avançar com a cobrança desses sacos, com espessura inferior a 15 mícron, utilizados comummente na venda de pão, fruta ou legumes que, ao abrigo da proposta do Orçamento do Estado para 2024, vão custar 4 cêntimos.
Em sentido inverso, os países que reportaram maiores aumentos no consumo de sacos de plástico em 2021 foram a Lituânia (271 sacos por pessoa), Letónia (204 por pessoa) e Chéquia (189 por pessoa), com a grande parte relativa aos ultraleves, de acordo com o gabinete de estatísticas europeu.
Em 2021, cada pessoa na UE consumiu em média 77 sacos de plástico leves, ou seja, menos 11 por pessoa, comparativamente a 2020.
Em termos totais, foram consumidos 34,2 mil milhões de sacos no bloco, isto é, menos 4,8 mil milhões do que no ano anterior, indica o Eurostat, com a ressalva de que não dispõe de dados relativos aos 27 (falta Grécia, Malta e Roménia e não há números "confiáveis" para publicação relativos à Bulgária, Dinamarca, Estónia, França e Países Baixos).
Não obstante, o Eurostat assinala que 2021 foi o "primeiro ano" em que o consumo de sacos de plástico ultraleves diminuiu. Ao todo, os habitantes do bloco consumiram 12,3 mil milhões, isto é, o valor mais baixo desde que há registos, os quais remontam a 2018. Em 2020 tinham sido 14,9 mil milhões, em 2019 foram 14,5 mil milhões e, em 2018, contaram-se 14,1 mil milhões.
Já o consumo de sacos de plástico leves, ou seja, entre 15 e 50 mícrons de espessura, tem vindo a decrescer de forma constante desde 2018, caindo de 8,2 mil milhões para 3,5 mil milhões.
O Eurostat assinala que todos os países da UE têm medidas para reduzir o consumo de sacos de plástico em vigor, decorrentes da aplicação da diretiva europeia, que tem definida como meta cortar o consumo de sacos de plástico leves para um máximo de até 40 sacos por pessoa até 31 de dezembro de 2025. Um objetivo que não inclui, porém, os sacos de plástico ultraleves.
Ao Negócios, em outubro, o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, afirmou não antecipar um "impacto significativo" do ponto de vista ambiental como resultado da cobrança do novo imposto em Portugal, afirmando que a medida "não tem paralelo com nenhum país da União Europeia" que é, aliás, "omissa" em termos de recomendações quanto a este tipo de sacos de plástico, aliás, "vistos como importantes no combate ao desperdício e em matéria de segurança alimentar".
De notar que no caso dos sacos de plástico leves, a cobrança é uma realidade em Portugal desde 2015, com cada unidade a custar 10 cêntimos (8 cêntimos + IVA).
O Eurostat faz ainda outra ressalva quanto aos dados disponibilizados, indicando que a "ampla variação observada no consumo 'per capita' é sobretudo atribuída às diferenças na eficácia das medidas, dependente de fatores económicos, sociais e políticos". Outra razão tem que ver com o facto de alguns países terem introduzido medidas de redução do consumo de plástico durante o período 2018-2021 e de outros as terem em vigor há mais tempo. Uma terceira explicação pode estar relacionada com a adoção de distintas metodologias de cálculos por parte dos países da UE.
Em 2021, ano a que se reportam as estatísticas mais recentes, Portugal registou um consumo médio de nove sacos de plástico por pessoa, ficando apenas atrás do desempenho da Bélgica, com cinco, e à frente da Suécia, com 16.
Em sentido inverso, os países que reportaram maiores aumentos no consumo de sacos de plástico em 2021 foram a Lituânia (271 sacos por pessoa), Letónia (204 por pessoa) e Chéquia (189 por pessoa), com a grande parte relativa aos ultraleves, de acordo com o gabinete de estatísticas europeu.
Em 2021, cada pessoa na UE consumiu em média 77 sacos de plástico leves, ou seja, menos 11 por pessoa, comparativamente a 2020.
Em termos totais, foram consumidos 34,2 mil milhões de sacos no bloco, isto é, menos 4,8 mil milhões do que no ano anterior, indica o Eurostat, com a ressalva de que não dispõe de dados relativos aos 27 (falta Grécia, Malta e Roménia e não há números "confiáveis" para publicação relativos à Bulgária, Dinamarca, Estónia, França e Países Baixos).
Não obstante, o Eurostat assinala que 2021 foi o "primeiro ano" em que o consumo de sacos de plástico ultraleves diminuiu. Ao todo, os habitantes do bloco consumiram 12,3 mil milhões, isto é, o valor mais baixo desde que há registos, os quais remontam a 2018. Em 2020 tinham sido 14,9 mil milhões, em 2019 foram 14,5 mil milhões e, em 2018, contaram-se 14,1 mil milhões.
Já o consumo de sacos de plástico leves, ou seja, entre 15 e 50 mícrons de espessura, tem vindo a decrescer de forma constante desde 2018, caindo de 8,2 mil milhões para 3,5 mil milhões.
O Eurostat assinala que todos os países da UE têm medidas para reduzir o consumo de sacos de plástico em vigor, decorrentes da aplicação da diretiva europeia, que tem definida como meta cortar o consumo de sacos de plástico leves para um máximo de até 40 sacos por pessoa até 31 de dezembro de 2025. Um objetivo que não inclui, porém, os sacos de plástico ultraleves.
Ao Negócios, em outubro, o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, afirmou não antecipar um "impacto significativo" do ponto de vista ambiental como resultado da cobrança do novo imposto em Portugal, afirmando que a medida "não tem paralelo com nenhum país da União Europeia" que é, aliás, "omissa" em termos de recomendações quanto a este tipo de sacos de plástico, aliás, "vistos como importantes no combate ao desperdício e em matéria de segurança alimentar".
De notar que no caso dos sacos de plástico leves, a cobrança é uma realidade em Portugal desde 2015, com cada unidade a custar 10 cêntimos (8 cêntimos + IVA).
O Eurostat faz ainda outra ressalva quanto aos dados disponibilizados, indicando que a "ampla variação observada no consumo 'per capita' é sobretudo atribuída às diferenças na eficácia das medidas, dependente de fatores económicos, sociais e políticos". Outra razão tem que ver com o facto de alguns países terem introduzido medidas de redução do consumo de plástico durante o período 2018-2021 e de outros as terem em vigor há mais tempo. Uma terceira explicação pode estar relacionada com a adoção de distintas metodologias de cálculos por parte dos países da UE.