O ministro da Economia, António Pires de Lima, atribuiu nesta terça-feira às empresas o essencial do mérito pelos sinais de recuperação da economia portuguesa, acreditando que esses sinais poderão ser confirmados no terceiro e quarto trimestres, “retirando Portugal da recessão técnica em que estava mergulhado desde há quase três anos”. “O Governo fez a sua parte, mas o principal mérito deste milagre económico, que tem a sua maior tradução nas exportações, é das empresas.”

Falando na Assembleia da República, onde decorre o segundo e último dia das jornadas parlamentares conjuntas PSD e CDS-PP, o ministro centrista frisou, ilustrando com vários números, que em muitos sectores de actividade as empresas portuguesas conquistaram quotas de mercado, conseguindo ganhos nas vendas superiores aos do mercado mundial, o que se deve ao facto de se "terem tornado mais competitivas".

"Elas são as campeãs e é desolador que a oposição não reconheça o esforço admirável que está a ser feito pelas empresas, pelos seus gestores e pelos seus trabalhadores", afirmou o ministro, depois de ter sublinhado que ao actual Governo "coube assumir a governação num tempo de excepção que se sucedeu a um outro de um tempo de dívida crescente e não refinanciável" tendo Portugal sido simultaneamente o "terceiro pais do mundo que menos cresceu entre 2000 e 2010”.

No contexto da proposta de Orçamento do Estado para 2014, o ministro disse  ser necessário "proteger os sinais positivos" de recuperação, tendo sinalizado a sua preferência para se evite sobrecarregar, em termos fiscais, empresas e famílias que "vivem do sector privado". Já a despesa pública tem de continuar a ser ajustada, precisou.

(notícia actualizada às 12h15)