Um conjunto de peritos internacionais vai apresentar recomendações ao Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a produção estatística e a eficiência do instituto. Este trabalho estará concluído no segundo semestre do próximo ano.

Numa reunião com jornalistas, o presidente do INE, José Mata, explicou que esta visita internacional servirá para “acompanhar e produzir recomendações” com o objectivo de responder a três questões. “Até que ponto o Sistema Estatístico Nacional tem qualidade e é credível?”, “A produção estatística do INE está a responder às necessidades dos utilizadores?” e “Qual a capacidade de adaptação do INE?”.

Para isso, o INE procurou um conjunto de peritos internacionais, tendo escolhido dois especialistas: Ivan P. Fellegi, que desde 1985 é responsável pelo instituto canadiano de estatísticas e Jacob Ryten, que esteve como assistente deste instituto até 1997. Os dois peritos produziram há pouco tempo trabalhos semelhantes, ao que se preparam para fazer em Portugal, na Suiça e na Hungria.

Numa primeira fase, “vão fazer um conjunto de visitas ao nosso país para falar com pessoas interessadas no Sistema Estatístico Nacional, isto é, pessoas que fazem parte do sistema ou são grandes utilizadores”, disse José Mata. Jacob Ryten, também presente na reunião, explicou que na lista de inquiridos estão “entidades do Governo, sindicatos, patrões, organismos de investigação sócio-económica, imprensa e organizações internacionais”.

De seguida, os autores deste trabalho apresentarão um relatório com as conclusões, os pontos fortes e fracos. Este relatório terá divulgação pública.

José Mata frisou que este trabalho não é uma auditoria e disse que não é necessário esperar pela sua conclusão para avançar com iniciativas em relação às questões colocadas pelo ministro da tutela, Nuno Morais Sarmento, aquando da sua tomada de posse.

Nessa data, a 30 de Julho, Morais Sarmento pediu a José Mata um plano para o INE que desse resposta às seguintes questões: articulação com os órgãos delegados, desenvolvimento do modelo de contratualização, adequação da estrutura organizativa e humana e definição do dispositivo territorial do INE.