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Paulo Nunes de Almeida: "Aeroporto de Lisboa já é constrangimento aos negócios"
Para o presidente da Associação Empresarial de Portugal, o aeroporto de Lisboa já não está só a limitar o crescimento do turismo em Portugal. Também prejudica as exportações de mercadorias.
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Margarida Peixoto
margaridapeixoto@negocios.pt
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Rosário Lira
Antena 1
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Miguel Baltazar - Fotografia
05 de Janeiro de 2019 às 21:00
Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), diz que gostou de saber do entendimento entre o Governo e a ANA - Aeroportos de Portugal para avançar com a construção do aeroporto do Montijo e o alargamento do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Mas nota que peca por tardia, já que a atual infraestrutura de Lisboa não tem capacidade de resposta e é mesmo um "constrangimento" ao crescimento do turismo e das exportações de mercadorias.
"Não há mínima dúvida de que o aeroporto de Lisboa hoje já é um grande constrangimento ao turismo, mas também aos negócios, porque muito do transporte é feito por carga aérea e aí também se começam a sentir grandes deficiências," defende o empresário, em entrevista ao Negócios e Antena1. Ainda assim, o presidente da AEP aplaude o trabalho das empresas e nota que a maior alteração estrutural da economia portuguesa nos últimos três anos foi o aumento da intensidade exportadora de "28% para cerca de 43%".
Sobre os constrangimentos que as empresas ainda sentem, Paulo Nunes de Almeida desvaloriza a dificuldade no acesso ao financiamento, reforçando que "os empresários já não o colocam como a questão crucial". Frisam antes o receio da instabilidade social, sublinham o aumento dos custos da energia e as dificuldades em contratar pessoal qualificado.
Já no que toca ao andamento da atividade económica, o presidente da AEP diz que "2019 é de grande imprevisibilidade", mas assegura que, por enquanto, as empresas querem manter os planos de investimento que tinham traçado.
"Não há mínima dúvida de que o aeroporto de Lisboa hoje já é um grande constrangimento ao turismo, mas também aos negócios, porque muito do transporte é feito por carga aérea e aí também se começam a sentir grandes deficiências," defende o empresário, em entrevista ao Negócios e Antena1. Ainda assim, o presidente da AEP aplaude o trabalho das empresas e nota que a maior alteração estrutural da economia portuguesa nos últimos três anos foi o aumento da intensidade exportadora de "28% para cerca de 43%".
Já no que toca ao andamento da atividade económica, o presidente da AEP diz que "2019 é de grande imprevisibilidade", mas assegura que, por enquanto, as empresas querem manter os planos de investimento que tinham traçado.