Notícia
Paulo Nunes de Almeida: Greves "têm influência direta na atividade das empresas"
O presidente da Associação Empresarial de Portugal defende que muitas das reivindicações do sector público são "pouco entendíveis pelos portugueses". Mas reconhece que o caso das carreiras profissionais é "urgente".
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Margarida Peixoto
margaridapeixoto@negocios.pt
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Rosário Lira
Antena 1
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Miguel Baltazar - Fotografia
06 de Janeiro de 2019 às 12:00
Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal, diz que os problemas que há nos serviços públicos não se resolvem "com um conjunto de greves, muitas vezes desordenadas, e com um cariz político forte". Frisa que os motivos da contestação social são "pouco entendíveis" pelos portugueses e sublinha que já estão a prejudicar a atividade das empresas.
"Muita da reivindicação é muitas vezes desordenada, muito pouco explícita em relação aos objetivos e portanto muitas vezes é pouco entendível pelos portugueses", sublinha o empresário em entrevista ao Negócios e Antena1.
Ainda assim, no que toca às carreiras profissionais, Paulo Nunes de Almeida reconhece que este é um problema "urgente" e diz que dar motivação aos funcionários públicos é fundamental para melhorar a qualidade dos serviços. Nesse sentido, ter reduzido o horário de trabalho da função pública para as 35 horas "não foi correta" e argumenta que os custos da medida deveriam ter sido canalizados para "mobilizar os funcionários" com "novas perspetivas de carreira" e "uma formação profissional ao longo da vida".
Já no que toca ao setor privado, destaca a paz social e não antecipa que o movimento de contestação do sector público se contagie ao privado. Sublinha que a decisão de subir o salário mínimo para 600 euros foi correta e garante que este valor, tendo em conta as perspetivas das empresas para 2019 é "perfeitamente comportável".
"Muita da reivindicação é muitas vezes desordenada, muito pouco explícita em relação aos objetivos e portanto muitas vezes é pouco entendível pelos portugueses", sublinha o empresário em entrevista ao Negócios e Antena1.
Já no que toca ao setor privado, destaca a paz social e não antecipa que o movimento de contestação do sector público se contagie ao privado. Sublinha que a decisão de subir o salário mínimo para 600 euros foi correta e garante que este valor, tendo em conta as perspetivas das empresas para 2019 é "perfeitamente comportável".