Notícia
Passos Coelho rejeita que Miguel Relvas tenha atacado imprensa
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, rejeitou hoje que o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares tenha "atacado a imprensa" na resposta ao jornal Público e defendeu que "o Governo tem privilegiado muita transparência".
20 de Maio de 2012 às 17:53
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, rejeitou hoje que o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares tenha "atacado a imprensa" na resposta ao jornal Público e defendeu que "o Governo tem privilegiado muita transparência".
Em Chicago, Estados Unidos, à margem da Cimeira da NATO, Passos Coelho escusou-se a responder se Relvas tem condições para continuar no Governo, rejeitando falar sobre "questões de política interna" no estrangeiro.
O primeiro-ministro rejeitou, contudo, ter havido um ataque à imprensa por parte do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
"Não há nenhum ataque a coisa nenhuma. Se há coisa que o governo tem privilegiado é muita transparência nesse aspecto", disse o primeiro-ministro, escusando-se a responder a mais questões sobre o assunto.
O conselho de redacção do Público afirmou na sexta-feira que Miguel Relvas, ameaçou queixar-se ao regulador do sector, promover um "blackout" de todos os ministros ao jornal diário e divulgar, na Internet, dados da vida privada de uma jornalista, se fosse publicada uma notícia sobre o caso das secretas.
A notícia, da autoria de Maria José Oliveira, pretendia evidenciar "as incongruências" das declarações do ministro, na terça-feira, no Parlamento, sobre o caso das secretas, mas acabou por não ser publicada.
Numa nota posterior, a direcção do jornal justificou a não publicação alegando não existir "matéria publicável", e garantia ainda que tinha tomado a decisão antes de conhecer as ameaças do ministro.
Mais tarde, o Público noticiou que Miguel Relvas pedira, nesse dia, desculpa ao jornal, depois de a direcção ter feito um protesto por "uma pressão" do governante sobre a jornalista que acompanha o caso das secretas.
O pedido de desculpas noticiado pelo jornal verificou-se no mesmo dia em que o gabinete de Miguel Relvas refutou a denúncia do conselho de redacção do Público.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) anunciou que vai iniciar averiguações ao caso no início da próxima semana, revelando que recebeu "uma série de documentos" sobre o caso, enviados "por iniciativa própria" pelo ministro.
O PS anunciou que vai pedir a presença de Miguel Relvas no Parlamento para esclarecer o caso, enquanto os Verdes querem ouvir também a equipa do jornal.
O PCP considerou que, caso se confirmem as "alegadas pressões", Miguel Relvas "não tem condições para continuar a ser membro do Governo". Já o Bloco de Esquerda exigiu a clarificação do caso, sublinhando que não pode existir "opacidade" em relação à liberdade de imprensa.
Por seu lado, o PSD considerou que os media "não se deveriam colocar no papel da oposição ao Governo".
Para o Sindicato dos Jornalistas, a confirmarem-se as ameaças e pressões imputadas ao ministro, este "deixaria de ter condições para se manter no Governo".
Em Chicago, Estados Unidos, à margem da Cimeira da NATO, Passos Coelho escusou-se a responder se Relvas tem condições para continuar no Governo, rejeitando falar sobre "questões de política interna" no estrangeiro.
"Não há nenhum ataque a coisa nenhuma. Se há coisa que o governo tem privilegiado é muita transparência nesse aspecto", disse o primeiro-ministro, escusando-se a responder a mais questões sobre o assunto.
O conselho de redacção do Público afirmou na sexta-feira que Miguel Relvas, ameaçou queixar-se ao regulador do sector, promover um "blackout" de todos os ministros ao jornal diário e divulgar, na Internet, dados da vida privada de uma jornalista, se fosse publicada uma notícia sobre o caso das secretas.
A notícia, da autoria de Maria José Oliveira, pretendia evidenciar "as incongruências" das declarações do ministro, na terça-feira, no Parlamento, sobre o caso das secretas, mas acabou por não ser publicada.
Numa nota posterior, a direcção do jornal justificou a não publicação alegando não existir "matéria publicável", e garantia ainda que tinha tomado a decisão antes de conhecer as ameaças do ministro.
Mais tarde, o Público noticiou que Miguel Relvas pedira, nesse dia, desculpa ao jornal, depois de a direcção ter feito um protesto por "uma pressão" do governante sobre a jornalista que acompanha o caso das secretas.
O pedido de desculpas noticiado pelo jornal verificou-se no mesmo dia em que o gabinete de Miguel Relvas refutou a denúncia do conselho de redacção do Público.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) anunciou que vai iniciar averiguações ao caso no início da próxima semana, revelando que recebeu "uma série de documentos" sobre o caso, enviados "por iniciativa própria" pelo ministro.
O PS anunciou que vai pedir a presença de Miguel Relvas no Parlamento para esclarecer o caso, enquanto os Verdes querem ouvir também a equipa do jornal.
O PCP considerou que, caso se confirmem as "alegadas pressões", Miguel Relvas "não tem condições para continuar a ser membro do Governo". Já o Bloco de Esquerda exigiu a clarificação do caso, sublinhando que não pode existir "opacidade" em relação à liberdade de imprensa.
Por seu lado, o PSD considerou que os media "não se deveriam colocar no papel da oposição ao Governo".
Para o Sindicato dos Jornalistas, a confirmarem-se as ameaças e pressões imputadas ao ministro, este "deixaria de ter condições para se manter no Governo".