Como foi possível que uma falha no sistema informático tivesse permitido que dez mil milhões de transferências para paraísos fiscais tivesse escapado ao escrutínio do Fisco? É isso que a Inspecção-Geral de Finanças está a investigar, a pedido do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e o relatório final ficará concluído ainda em Março.

Rocha Andrade disse também não ter "nenhum facto que indicie intervenção política. Tanto quanto me reportam, nem sequer os ficheiros originais transmitidos pelos bancos podem ser adulterados". Assim, rematou: "Não tenho indicação de que tenha havido nenhuma intencionalidade, política, nem outra, conducente a este resultado". A falha "foi do sistema na transferência da informação para o sistema central".

Da auditoria em curso deverá resultar uma auditoria forense, para apuramento de responsabilidades.

Entretanto serão ainda ouvidos no Parlamento os ex-ministros das Finanças Vitor Gaspar e Maria Luis Albuquerque, a pedido do PS.