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Carlos César afasta comissão de inquérito para o caso das offshores
Em entrevista à Antena 1, o líder da bancada parlamentar do Partido Socialista afasta, para já, a hipótese de se avançar para uma comissão de inquérito para investigar a transferência de dez mil milhões de euros para offshores. Mas admite mais audições.
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"A figura de uma comissão parlamentar de inquérito deve ser uma figura de excepção, em função de uma gravidade que deve ser extrema", afirmou Carlos César. "Entendemos que, como a audição do antigo secretário de Estado Paulo Núncio se revelou interessante e produtiva, outras audições poderão acrescentar aquilo que é importante que se saiba para o esclarecimento desta questão."
Para o socialista, esse é precisamente o problema que identifica nas iniciativas do PSD e do CDS, na sua insistência em realizarem outra comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos. "É justamente isso que condenamos na forma como o PSD e a direita têm abusado – no caso da CGD – dessa figura regimental."
Em relação à possibilidade de PSD e CDS pedirem para aceder aos SMS trocados entre Mário Centeno e António Domingues, Carlos César diz que o PS defende que "é necessário averiguar a compatibilidade de quaisquer diligências com a Constituição, a Lei e o regimento da Assembleia da República". "Quando a questão for colocada, colocaremos as nossas razões", acrescenta à Antena 1.
Em relação ao futuro dos acordos firmados com Bloco de Esquerda e Partido Comunista, o líder parlamentar do PS não se mostra entusiasmado com a possibilidade de uma coligação, divergindo um pouco de declarações recentes do ministro Eduardo Cabrita, ao Expresso. "Não creio aliás que a questão tenha actualidade", refere Carlos César.