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O dia num minuto: As críticas ao Orçamento, as tecnicalidades de Costa e Ucha na Bolsa

Continuam as críticas ao esboço do Orçamento do Estado. Depois da ameaça de Bruxelas, a UTAO colocou as contas em causa e a Fitch repetiu o alerta de corte de "rating".

Costa transmitiu ao Presidente da República que os acordos firmados com as forças à sua esquerda 'garantem a existência de um governo do PS com apoio maioritário na Assembleia da República, com condições para governar'
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 28 de Janeiro de 2016 às 20:20
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UTAO duvida das contas do Orçamento. As contas da UTAO arrasam os números que o Governo de António Costa inscreveu no esboço do Orçamento do Estado. Os técnicos do Parlamento apontam para um agravamento do défice estrutural em 0,4 pontos percentuais do PIB, o que contrasta com a previsão de descida de 0,2 pontos percentuais. A UTAO acusa o Governo de melhorar "artificialmente" o esforço orçamental, indo ao encontro das dúvidas levantadas pela Comissão Europeia sobre a evolução do défice estrutural. Bruxelas pretende uma redução de 0,5 pontos no défice estrutural, enquanto as contas da UTAO apontam para um agravamento de 1,7% para 2,1% do PIB potencial em 2016.

 

Costa admite discutir base política do OE. Depois de na quarta-feira ter desvalorizado a importância da carta recebida de Bruxelas, sobre o esboço do Orçamento do Estado, o primeiro-ministro fez esta quinta-feira declarações que abrem a porta a alterações no documento para ir ao encontro das pretensões da Comissão Europeia. António Costa admitiu poder discutir politicamente o Orçamento para "ver se é ou não necessário fazer algo". Ainda assim o primeiro-ministro continua a afirmar que neste momento estão apenas em causa "tecnicalidades orçamentais que cabe aos serviços tratarem" e que a Comissão Europeia não fez nenhuma ameaça. Costa falou pessoalmente com Pierre Moscovici, que pediu um Orçamento "coerente" com as regras europeias. Carlos César também admitiu modificações no Orçamento, mas confiou numa aproximação de Bruxelas ao documento.

 

Fitch repete ameaça de corte de "rating". As agências de "rating" têm criticado as opções orçamentais do Governo português, tendo esta quinta-feira a Fitch repetido a ameaça de cortar a notação financeira da dívida portuguesa. O director desta agência, Douglas Renwick, disse numa conferência em Lisboa que este cenário será concretizado caso se verifiquem "aumentos significativos da despesa". O mesmo responsável afirmou ainda assim que o esboço orçamental não constituiu uma surpresa para a Fitch, uma vez que "as nossas estimativas já eram pessimistas" face às do anterior Governo".

O maior risco para Portugal está nos investidores. A desconfiança dos investidores e os efeitos que isso pode ter nas empresas é o maior risco que Portugal enfrenta com um Orçamento do Estado para 2016 que não respeite as regras de Bruxelas, alerta Helena Garrido, directora do Negócios.


Helena Garrido: O maior risco para Portugal está nos investidores
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A desconfiança dos investidores e os efeitos que isso pode ter nas empresas é o maior risco que Portugal enfrenta com um Orçamento do Estado para 2016 que não respeite as regras de Bruxelas, alerta Helena Garrido, directora do Negócios.

Que ameaça fez Bruxelas a Portugal? A Comissão admite classificar o país como estando em risco de "sério incumprimento" do Pacto Estabilidade, o que implica solicitar um orçamento revisto. Já vários países foram ameaçados com esta sanção, que no entanto nunca se materializou. O comentário de Rui Peres Jorge, jornalista do Negócios.


OE2016: Que ameaça fez Bruxelas a Portugal?
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OE2016: Que ameaça fez Bruxelas a Portugal?


Consumidores mais confiantes. Pela primeira vez em três meses, a confiança dos consumidores portugueses melhorou em Janeiro, traduzindo as melhores perspectivas quanto à evolução da situação financeira do agregado familiar, da situação económica do país, do desemprego e da poupança. Em sentido inverso, a confiança dos empresários voltou a recuar, mantendo a tendência que se verifica desde Outubro. Na Zona Euro, o indicador que mede a confiança económica caiu "marcadamente" em Janeiro, atingindo um mínimo desde Agosto de 2015.

 

Isabel Ucha substitui Laginha na Bolsa. Já se sabia que Mário Laginha estava de saída da presidência da Euronext Lisboa. Faltava saber quando e quem o iria substituir. As novidades foram conhecidas esta quinta-feira. Isabel Ucha vai assumir a liderança da bolsa portuguesa a partir de 22 de Fevereiro. A actual Directora de Desenvolvimento do Mercado Local da Euronext assumirá o cargo de forma interina, pois um novo CEO "será recrutado nos próximos meses".

 

 

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