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O dia num minuto: A resolução do Banif, a reestruturação da Martifer e o impasse em Espanha

A nova factura do Estado português com as ajudas ao Banif pode chegar aos 3 mil milhões de euros. Santander fica com os activos saudáveis do banco e ganha quota no mercado português.

Rodrigo Gatinho
Negócios 21 de Dezembro de 2015 às 20:10
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Santander paga 150 milhões para ficar com o Banif. O banco liderado por António Vieira Monteiro chegou a acordo para comprar os activos saudáveis do Banif por 150 milhões de euros, o que permitirá ao Santander Totta alcançar o segundo lugar no sistema financeiro privado português (só atrás do BCP) com uma quota de mercado de 14,5%. O presidente do Santander Totta não perdeu tempo e na manhã desta segunda-feira reuniu com os directores centrais do Banif, a quem passou uma mensagem de "tranquilidade e normalidade". As acções do Banif, que já foram excluídas do PSI-20, não deverão voltar a negociar em bolsa.

 

Resolução custa 2,2 mil milhões aos contribuintes. Depois de na noite de domingo o primeiro-ministro e o Banco de Portugal terem anunciado a resolução do Banif, esta segunda-feira o Governo aprovou já em conselho de ministros a proposta de Orçamento Rectificativo que prevê um agravamento da despesa pública em 2,2 mil milhões de euros para pagar a operação. Este dinheiro será utilizado para cobrir as imparidades do Banif antes da venda ao Santander e irá agravar o défice deste ano para cerca de 4%, anunciou Mário Centeno, que culpou o atraso na venda do Banif de prejudicar os contribuintes.  Bruxelas aprovou a operação e avisou que a ajuda estatal pode chegar aos 3 mil milhões de euros

 

Bruxelas aprova reestruturação do NB. O Novo Banco vai focar-se na banca comercial e reduzir nas áreas de negócio e geografias não estratégicas. Medidas que decorrem do plano de reestruturação do banco liderado por Stock da Cunha e que já recebeu a "luz verde" da Comissão Europeia. O Novo Banco tem agora como objectivo "melhorar a sua rentabilidade e a sua eficiência, ajustando-se à realidade do mercado e continuando a responder adequadamente às exigências a que se encontra sujeito". Bruxelas também aprovou a extensão do prazo para que seja concretizada a venda do Novo Banco, além de Agosto de 2016, sendo que o processo vai arrancar já no próximo mês de Janeiro

Impasse político em Espanha. Não se afigura fácil encontrar uma solução para Espanha ter um governo com base nos resultados das eleições legislativas deste domingo. O PP de Mariano Rajoy venceu, mas com o resultado mais fraco de sempre para um partido que tenha ficado em primeiro lugar. Uma aliança com os Cidadãos não permite ao actual presidente garantir a maioria do Parlamento e o PSOE, apesar ter tido o resultado mais fraco de sempre dos socialistas, já anunciou que votará contra a investidura de Mariano Rajoy. Caso nenhuma das forças políticas consiga alcançar um entendimento para formar governo com apoio maioritário, o Rei espanhol pode solicitar a dissolução das "cortes" espanholas, abrindo via ao agendamento de novas eleições. 

David Santiago, jornalista do Negócios, explica que leituras se podem fazer dos resultados eleitorais em Espanha.

 

Martifer reestrutura 85% da dívida. A Martifer anunciou na noite de domingo que chegou a acordo com um grupo de instituições financeiras credoras para a reestruturação do passivo bancário num total de 260 milhões de euros, que corresponde a cerca de 85% da dívida financeira consolidada da companhia dos irmãos Martins. No âmbito deste acordo, a Martifer vai prosseguir com o processo de desinvestimento em activos não estratégicos e a alienação de activos imobiliários. A notícia acabou por ter um impacto negativo no mercado, já que as acções fecharam a cair 6,15% para 0,244 euros. 

 

CM TV entra na Nos em Janeiro. O canal de televisão da Cofina vai deixar de ser um exclusivo do Meo. A empresa de media liderada por Paulo Fernandes assinou um acordo com a Nos para integrar a CM TV na oferta da Nos a partir de Janeiro, uma medida que a Cofina acredita que irá permitir duplicar a audiência do canal. Octávio Ribeiro, director da CM TV, acredita que esta iniciativa irá permitir ao canal "ocupar a liderança entre os canais do cabo" no final do próximo ano. Em Novembro, a CM TV registou uma audiência de 750 mil telespectadores e registou um crescimento superior a 140% no share acumulado anual 2014/2015.

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