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Negociações laborais na Opel da Azambuja ainda sem sucesso

Os trabalhadores e a administração da General Motors continuam sem chegar a entendimento sobre o Acordo Social da empresa. Depois de vários meses de negociações fracassadas, os trabalhadores convocaram para sexta-feira uma nova greve geral de 24 horas, co

25 de Maio de 2005 às 12:04
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Os trabalhadores e a administração da General Motors continuam sem chegar a entendimento sobre o Acordo Social da empresa. Depois de vários meses de negociações fracassadas, os trabalhadores convocaram para sexta-feira uma nova greve geral de 24 horas, confirmou o Jornal de Negócios Online junto das duas partes.

Os trabalhadores exigem um aumento em valores reais de 75 euros por trabalhador, considerando que a proposta apresentada pela administração, de um aumento directamente ligado à inflação, não repõe o poder de compra.

«Da nossa parte não vemos inconveniente nenhum em assinar as outras matérias, nomeadamente em termos da flexibilidade laboral, prémio de assiduidade, subsídios e refeição, transporte diário, seguro de saúde, entre outros», declarou o porta-voz da comissão de trabalhadores, Luís Figueiredo, ao Jornal de Negócios.

«Mas não podemos aceitar que os aumentos à massa salarial sejam desiguais», frisou o responsável. Depois de mais uma reunião realizada ontem, os trabalhadores deram um ultimato à administração até às 11 horas desta manhã, que não surtiu qualquer efeito. Perante isto, os trabalhadores decidiram avançar para a greve aprovada em plenário no passado dia 17 de Maio.

Os cerca de 200 contratados da fábrica da Azambuja não deverão participar na greve e os funcionários de escritório, sendo que a maior adesão deverá ser por parte dos cerca de 500 trabalhadores da linha de produção, que fabrica perto de 320 carros por dia. Isto à semelhança do que aconteceu na última greve realizada no início de Março.

Já o porta-voz da General Motors, antiga Opel, defendeu em declarações ao Jornal de Negócios Online que «os aumentos à massa salarial – ditos iguais para todos – estão fora da prática das empresas há muitos anos. A cobro de uma pretensa e falsa igualdade, este tipo de aumento é cego, beneficiando uns e penalizando outros».

Miguel Tomé declarou ainda que «nesta fase em que se começam a traçar planos para um novo modelo, e em que se joga o futuro da nossa fábrica, estamos a dar à GM Europa o sinal contrário».

A GM defende ainda que «oferece as melhores condições e os salários mais elevados de toda a indústria automóvel em Portugal».

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