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Governo junta 12 economistas para discutir o futuro do país. Saiba quem são

Gabinete do primeiro-ministro chama esta terça-feira académicos e gestores a São Bento para discutir macroeconomia. Paulo Macedo e Cristina Casalinho entre os convidados.

Rodrigo Antunes / Lusa
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O primeiro-ministro chamou 12 economistas a São Bento para discutir o país, naquilo que o gabinete de Luís Montenegro apelida de "Conversas em São Bento sobre o Futuro do País".

O encontro terá lugar esta terça-feira numa nota de agenda do chefe do Executivo. O tema base da sessão será a macroeconomia e cada um dos académicos e gestores tem cinco minutos para fazer uma análise ao atual contexto económico. Após cada uma das exposições individuais, seguir-se-á uma conversa conjunta e uma troca de ideias entre os académicos.

O nome dos economistas não foi divulgado, mas o Negócios sabe que entre os convidados estão o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, e os antigos presidentes do IGCP Cristina Casalinho e João Moreira Rato.

Além destes, também o antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças e atual docente na Nova SBE e membro da administração da Hipoges, António Nogueira Leite. 

À lista somam-se ainda Isabel Horta Correira, doutorada e licenciada em Economia pela Universidade Católica Portuguesa e antiga diretora do departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal. Bem como Ricardo Reis, que é atualmente docente na London School of Economics (LSE).

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, é outro dos nomes na lista que se encontrará com o primeiro-ministro em São Bento.

Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP), os docentes da Nova SBE Susana Peralta e Pedro Brinca (colunista do Negócios), Joana Silva que trabalha no Banco Mundial e João Jalles do ISEG integram a comitiva.

Além do primeiro-ministro, estarão também no pequeno-almoço em São Bento os ministros de Estado e das Finanças, Miranda Sarmento, e da Economia, Pedro Reis, acompanhados pelo secretário de Estado do Orçamento, José Maria Brandão de Brito.

O encontro com economistas surge numa altura em que a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025 está em dúvida e um dia depois de terem sido conhecidos os planos de médio prazo (planos orçamentais-estrutural nacional de médio-prazo  - POENMP) entregues pelo ministro das Finanças a Bruxelas. 

Neles, o Executivo prevê regressar aos excedentes acima de 1% do produto interno bruto (PIB) nos últimos dois anos da legislatura, sendo que em 2026 o saldo orçamental será praticamente nulo, de apenas 0,1% do PIB.

Para cumprir as novas regras europeias, que exigem uma contenção do crescimento da despesa que leve à redução da dívida, e depois das medidas previstas para 2025, Portugal vai ter de fazer um ajustamento orçamental significativo. Mas o Governo de Luís Montenegro atira esse esforço apenas para 2027, definindo que o valor da consolidação dispare para 2,5% do PIB e  que o crescimento da despesa fique contido nos 1,2%, segundo os planos de médio prazo.

Quanto a projeções macroeconómicas do Orçamento do Estado (OE) para 2025, o Governo inscreveu na proposta entregue no Parlamento um crescimento de 1,8% este ano e 2,1% em 2025. No que toca ao saldo orçamental, o gabinete de Miranda Sarmento aponta para um excedente de 0,4% do PIB este ano e de 0,3% no próximo.

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