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Ministra das Finanças pede "mensagem coordenada" para explicar mérito das políticas seguidas

A ministra das Finanças apela para que haja "uma mensagem coordenada" ao nível nacional e europeu para explicar às populações "por que razão as políticas defendidas e implementadas são boas".  

Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque – Ministra de Estado e das Finanças;
Bloomberg
03 de Junho de 2015 às 12:33
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Maria Luís Albuquerque interveio no Fórum 2015 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), tendo declarado que o "desafio de hoje é passar uma mensagem da confiança" à população e sublinhando que as reformas estruturais são importantes, mas que "é preciso fazer compreender porque é que estes custos se impõem, mostrando as vantagens a médio e longo termo".

 

A titular portuguesa da pasta das Finanças lembrou que nunca se devem esquecer "as lições da crise", destacando que há um enorme "risco de auto-satisfação" face às melhorias e alertando que é preciso fazer mais para restabelecer a confiança com a população.

 

A ministra evocou, ainda, as desigualdades demográficas - com o envelhecimento da população e as pressões de fluxos migratórios - como um dos perigos da economia mundial, comportando riscos como o aumento do populismo e recuo da democracia.

 

Durante o painel sobre "Reformas Estruturais para Desbloquear Investimento no Apoio ao Crescimento Sustentável", Maria Luís Albuquerque insistiu que apesar de se poder dizer que é preciso estimular a procura para aumentar o investimento, "isso não significa que todos os países devem estimular a procura, sobretudo se a situação orçamental for delicada e os desequilíbrios importantes", exemplificando que Portugal está ainda a tentar sair da crise.

 

Comentando a premissa lançada pela chefe do departamento dos Assuntos Económicos da OCDE, Catherine Mann, segundo a qual se houver um crescimento de 1% da procura nacional, haverá um aumento de 1% do investimento, a ministra portuguesa respondeu que "em geral, é preciso estimular a procura, mas isso não se faz da mesma forma em todos os países", lembrando que "para que uma estratégia funcione é preciso que se compreenda porque é que essa estratégia vai funcionar e por que razão se pedem os sacrifícios".

 

Quanto à Grécia, Maria Luís Albuquerque preferiu não "especular sobre as negociações", afirmando que "um acordo é a melhor solução possível", que se está a fazer "um esforço para que as negociações com a Grécia cheguem a uma conclusão positiva" e sublinhando que "é preciso encontrar um caminho aceitável para ambas as partes".

 

Também presente no painel, o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, declarou que "uma saída da Grécia da zona euro não está de todo em cima da mesa", lembrando que "há regras que têm de ser respeitadas" e que "a palavra-chave é a cooperação".

 

À saída da conferência, a ministra não falou com os jornalistas.

 

Esta quinta-feira, termina o Fórum da OCDE, este ano dedicado ao tema "Investir no Futuro: Sociedade, Sustentabilidade, Prosperidade", tendo sido realizada, em paralelo, a reunião do conselho de ministros dos Estados-membros da instituição em torno do tema "Libertar investimento para um crescimento sustentável e para o emprego".

 

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