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Ministra das Finanças justifica subida da dívida com idas ao mercado para reembolsar FMI
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, justifica o aumento da dívida pública em 2014 com o reforço do financiamento no mercado no final do ano para antecipar os reembolsos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
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A ministra das Finanças, que falava à margem de uma conferência organizada pela revista britânica The Economist, que decorreu em Cascais, explicou o aumento da dívida pública em 2014 para 128,7% do PIB com o "aproveitamento de oportunidades de acesso ao mercado que possibilitam agora iniciar o processo de reembolso ao FMI, assim que esteja concluído o processo de autorização por parte dos parceiros europeus".
Maria Luís Albuquerque argumentou ainda que "as reservas de liquidez, os depósitos, acabaram por crescer um pouco mais do que estava previsto, até pela grande adesão que tiveram os produtos de retalho e o maior número de subscrições do que aquele que estava previsto".
No entanto, a ministra reiterou que Portugal está "na trajectória certa de consolidação" e que "não se altera de todo a trajectória de redução da divida".
Maria Luís Albuquerque acrescentou ainda que a dívida do sector privado diminuiu, considerando, por isso, que "a consolidação da dívida portuguesa está a avançar tal como tinha sido previsto e como é desejável para a sua sustentabilidade".
A dívida das administrações públicas na óptica de Maastricht fixou-se em 128,7% do PIB em 2014, acima do verificado em 2013 (128%) e da meta fixada pelo Governo para o ano passado (127,2%) do PIB, divulgou na segunda-feira o Banco de Portugal (BdP).
A dívida na óptica de Maastricht é utilizada para medir o nível de endividamento das administrações públicas de um país e o conceito está definido num regulamento de 2009 do Conselho Europeu, relativo à aplicação do protocolo sobre o procedimento relativo dos défices excessivos anexo ao Tratado que institui a Comunidade Europeia.
Portugal decidiu reembolsar antecipadamente 14 mil milhões de euros em dois anos e meio ao FMI, um pedido que já aprovado por Bruxelas, mas que aguarda aprovação de parlamentos nacionais.