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Merkel admite concessões "dolorosas" no acordo com o SPD

Angela Merkel acredita que, apesar das críticas, a sua autoridade no partido não está em declínio.

EPA
11 de Fevereiro de 2018 às 20:56
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Angela Merkel reconhece que as concessões feitas no âmbito do acordo com o SPD para a formação de governo são "dolorosas", mas acredita que tinham de ser feitas pelo bem da Alemanha. Numa entrevista ao canal de televisão alemão ZDF, a líder da CDU assegurou também que as críticas ao acordo, por parte dos conservadores, não significam que a sua autoridade esteja em declínio.

  

As críticas do partido prendem-se sobretudo com o importante ministério das Finanças, que ficou do lado do SPD, e que deverá ser liderado por Olaf Scholz, actual presidente da câmara de Hamburgo. "Compreendo o desapontamento", admitiu Merkel, na entrevista, citada pela Reuters, acrescentando, porém, que foi uma decisão "consciente".

 

"Foi uma decisão muito consciente dizer ‘sim, isso funciona’, embora eu saiba e tenha sentido que era doloroso", afirmou. "Mas quero dizer que nós também aprovamos as políticas e o ministro das Finanças não pode simplesmente fazer o que quiser".

 

A líder da CDU adiantou ainda que se a coligação com os sociais-democratas for mesmo reeditada, o seu objectivo passa por colocar uma geração mais jovem do partido nos lugares ministeriais.

 

"Precisamos de mostrar que podemos começar com uma nova equipa", explicou. "Temos seis postos ministeriais e, do meu ponto de vista, é preciso garantir que não são apenas pessoas com mais de 60 anos que estão a ser consideradas, mas também os mais jovens".

 

Apesar de o bloco conservador (CDU/CDS) ter alcançado um acordo com o SPD para governarem em conjunto, não é certo que a coligação avance. O acordo ainda vai ser sujeito a um referendo interno por voto postal, no qual deverão participar os mais de 460 mil militantes do SPD. De acordo com uma sondagem da Emnid para o jornal Bild am Sonntag, 84% dos simpatizantes do SPD apoia uma grande coligação. Os resultados serão conhecidos a 4 de Março.

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