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Merkel dá o Ministério da Saúde a um dos seus maiores críticos

Esta semana deverá ser decisiva para a Alemanha. No próximo domingo o SPD decide se viabiliza, ou não, o acordo de coligação com a CDU. Entretanto Merkel anunciou as suas escolhas para os Ministérios que ficarão em mãos de responsáveis do seu partido.

Reuters
25 de Fevereiro de 2018 às 15:33
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"Merkel enfraquecida" dá o Ministério da Saúde a um dos seus maiores críticos, revelava a Reuters este domingo, citando uma fonte do partido de Angela Merkel (CDU). Algo que acabou por se confirmar.

 

Jens Spahn é o nome de quem se fala. O responsável foi uma das vozes mais críticas dentro do partido contra Merkel sobre a política de migração. E é visto como um dos mais influentes dentro da ala mais direita da CDU, salienta a Reuters.

 

Spahn tem 37 anos e experiência em governos. Desde 2015 que é vice-ministro das Finanças e antes deste cargo foi conselheiro na área de saúde no partido.

 

A agência de informação americana salienta que se alguns consideram que este convite é uma prova de "fragilidade" de Merkel, outros consideram que é um movimento inteligente, já que envolve um dos seus maiores críticos no governo, com um Ministério.

 

Esta será também uma forma de Merkel travar mais críticas, já há vários membros do partido que defendem que o governo precisa de "sangue novo" e de visões que vão noutras direcções, adianta a Reuters.

 

Angela Merkel anunciou assim os nomes que vão ficar com as pastas negociadas com o SPD e que ficam sob alçada da CDU. Peter Altmaier ficará com o Ministério da Economia. Ursula von der Leyen será a ministra da Defesa. Julia Klöckner será a próxima ministra da Agricultura, Anja Karliczek ficará com a pasta da Educação. Helge Braun ficará na chancelaria

 

A decorrer está ainda um referendo interno no SPD, cujos resultados serão conhecidos no próximo domingo, 4 de Março. No referendo os militantes do partido vão viabilizar, ou chumbar, o acordo alcançado com a CDU para formar governo. Caso o resultado do referendo seja um chumbo ao acordo, o desfecho mais certo será a convocação de novas eleições legislativas na Alemanha.

As sondagens apontam para a aprovação do acordo, com os especualistas a considerarem que os militantes do SPD receiam que o próximo passo sejam mesmo eleições. Isto porque o partido está a perder força entre o eleitorado.

 

A CDU também se vai reunir, mas já esta segunda-feira, 26 de Fevereiro. Prevendo-se que seja aprovado o acordo entre a CDU e o SPD.

(Notícia actualizada às 20:32 com a confirmação de Spahn e restante lista de ministros)

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