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Martin Schulz formaliza demissão do SPD com efeitos imediatos

O líder dos social-democratas saiu de funções com efeitos imediatos, antes de decisão sobre coligação do partido com a CDU de Angela Merkel. A sucessão, em que Schulz aponta para a líder parlamentar Andrea Nahles, deverá ser decidida em Abril.

EPA
13 de Fevereiro de 2018 às 18:38
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Martin Schulz demitiu-se da liderança do SPD, o partido germânico social-democrata. A saída, anunciada esta terça-feira, tem efeitos imediatos. E acontece quando há negociações para a formação de uma coligação com a CDU de Angela Merkel.

 

A demissão tem lugar quando ainda há conversações para a coligação entre os sociais-democratas e a CDU e a distribuição de lugares de ministros. Schulz saíria do partido para ser o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo chefiado por Angela Merkel, algo que tinha dito, antes das eleições do ano passado, que não estaria disponível para fazer.

A aceitação de um cargo no Governo de Merkel desencadeou controvérsia no partido, o que acabou por retirar o já fragilizado Schulz da liderança do partido e ao que tudo indica, também, do Executivo. O SPD está profundamente dividido entre os apoiantes e opositores de uma grande coligação, além de enfrentar perda de popularidade nas sondagens.

Decorre, até ao início de Março, um referendo interno para saber se haverá apoio partidário à solução. O que coloca a Alemanha em suspenso - não houve acordo da CDU, vencedora nas eleições, com a esquerda, e o entendimento para uma grande coligação com o SPD continua por encontrar.

A saída de Martin Schulz do partido acaba por dificultar o processo de decisão, já que só em Abril haverá nova liderança. Schulz, que saíra da presidência do Parlamento Europeu para concorrer contra Merkel nas eleições alemãs, já apontou para a sua sucessão: a líder parlamentar Andrea Nahles. Contudo, como especifica a Reuters, ainda é necessária a formalização da sua nomeação. A votação final deverá ser tomada no congresso extraordinário do partido a 22 de Abril.

 

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