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Martin Schulz formaliza demissão do SPD com efeitos imediatos
O líder dos social-democratas saiu de funções com efeitos imediatos, antes de decisão sobre coligação do partido com a CDU de Angela Merkel. A sucessão, em que Schulz aponta para a líder parlamentar Andrea Nahles, deverá ser decidida em Abril.
Martin Schulz demitiu-se da liderança do SPD, o partido germânico social-democrata. A saída, anunciada esta terça-feira, tem efeitos imediatos. E acontece quando há negociações para a formação de uma coligação com a CDU de Angela Merkel.
A demissão tem lugar quando ainda há conversações para a coligação entre os sociais-democratas e a CDU e a distribuição de lugares de ministros. Schulz saíria do partido para ser o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo chefiado por Angela Merkel, algo que tinha dito, antes das eleições do ano passado, que não estaria disponível para fazer.
Decorre, até ao início de Março, um referendo interno para saber se haverá apoio partidário à solução. O que coloca a Alemanha em suspenso - não houve acordo da CDU, vencedora nas eleições, com a esquerda, e o entendimento para uma grande coligação com o SPD continua por encontrar.
A saída de Martin Schulz do partido acaba por dificultar o processo de decisão, já que só em Abril haverá nova liderança. Schulz, que saíra da presidência do Parlamento Europeu para concorrer contra Merkel nas eleições alemãs, já apontou para a sua sucessão: a líder parlamentar Andrea Nahles. Contudo, como especifica a Reuters, ainda é necessária a formalização da sua nomeação. A votação final deverá ser tomada no congresso extraordinário do partido a 22 de Abril.