O crescimento do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, atingiu os 7,9% em Janeiro, registando o primeiro abrandamento em dez meses, com estes dados a sugerirem que as pressões inflacionistas estão controladas, anunciou o Banco Central Europeu (BCE).

Em Dezembro, o M3, que funciona como um indicador avançado em relação à evolução da inflação europeia, havia-se situado nos 8%, depois de registar crescimentos sucessivos desde o passado mês de Março.

Os analistas previam que o M3 registasse em Janeiro a mesma leitura que no mês anterior. Este indicador continuou longe da meta de 4,5% traçada pelo BCE, mas esta evolução indicia que os preços no consumidor estão a estabilizar na zona da moeda única.

O abrandamento deste indicador reforçou as expectativas de diminuição das pressões inflacionistas nos próximos meses, um cenário que, a confirmar-se, poderá permitir ao BCE manter os actuais níveis das taxas de juro.

No ano passado, a autoridade monetária europeia cortou a sua taxa directora em 150 pontos base, para os actuais 3,25%. No entanto, o presidente do BCE, Wim Duisenber, já alertou para a necessidade de existir moderação nos aumentos salariais, sob pena de subir os juros.

O BCE espera que a inflação europeia chegue ao final deste ano abaixo dos 2%, o limite máximo assumido pela instituição. Em Janeiro, o índice de preços no consumidor harmonizado (IPCH) da Zona Euro situava-se nos 2,5%.