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Já está. Só falta a assinatura de Trump para a reforma fiscal avançar
Depois da "luz verde" à versão final afinada pelos republicanos da Câmara dos Representantes e do Senado, a reforma fiscal dos EUA está aprovada nas duas câmaras do Congresso. Segue agora para o presidente, que a promulgará.
Depois de muitos reveses, a reforma fiscal da Administração Trump está definitivamente aprovada no Senado e na Câmara dos Representantes.
Ontem, a proposta de reforma fiscal foi aprovada na Câmara dos Representantes por 227 votos a favor e 203 contra, superando assim a oposição cerrada dos democratas e o "não" de 12 republicanos. Depois seguiu para o Senado, onde se concluiu haver três cláusulas que iam contra as regras da câmara alta do Congresso. Hoje de manhã a nova versão, já com essas três cláusulas eliminadas, foi aprovada no Senado por 51-48 votos, e regressou à Câmara dos Representantes – tendo agora sido aprovada por 224-201.
Já só falta a promulgação do presidente Donald Trump para esta ambiciosa reforma fiscal avançar. E o chefe da Casa Branca já reagiu na sua conta oficial do Twitter, congratulando-se com o "presente de Natal" oferecido aos norte-americanos.
We are delivering HISTORIC TAX RELIEF for the American people!#TaxCutsandJobsAct pic.twitter.com/lLgATrCh5o
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 20 de dezembro de 2017
Depois de várias semanas em que os republicanos de ambas as casas do Congresso estiveram em negociações para chegarem a um texto comum definitivo, fruto das duas versões do partido apresentadas na Câmara dos Representantes e do Senado, no final da semana passada chegou-se a uma legislação já do agrado geral.
Na segunda-feira ainda persistiam dúvidas quanto ao avanço desta reforma, mas dois dos últimos senadores republicanos que ainda mantinham o impasse, Susan Collins and Mike Lee, concordaram em apoiar a proposta, pelo que não se esperava um "chumbo" no Senado.
Os republicanos (cujo partido é conhecido como Grand Old Party – GOP) têm uma maioria de 52-48 no Senado, câmara alta do Congresso que conta com 100 membros – o que lhes conferia votos suficiente para aprovarem a proposta de reforma fiscal caso se mantivessem unidos [o que aconteceu]. Ou seja, só podiam perder dois votos do lado republicano.
Este plano de reforma fiscal - a maior em 30 anos - inclui uma redução do IRC de 35% para 21% e um grande corte do IRS para os contribuintes mais ricos, bem como cortes temporários de impostos para alguns particulares e famílias. Tudo entra em vigor no próximo dia 1 de Janeiro.
Os agregados familiares com rendimentos médios terão um corte médio de impostos na ordem dos 900 dólares no próximo ano, ao passo que os norte-americanos que fazem parte dos 1% mais ricos deverão observar um corte médio de 51.000 dólares, segundo o think tank Tax Policy Center.
Os democratas dizem que esta reforma fiscal vai agravar o fosso de rendimentos entre os americanos ricos e pobres, ao mesmo tempo que aumentará a dívida nacional do país em 1,5 biliões de dólares [que é o valor implícito na reforma] nos próximos 10 anos – que está actualmente em 20 biliões.
(notícia actualizada às 18:28)