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EUA: Câmara dos Representantes aprova reforma fiscal. Só falta o Senado

A Câmara dos Representantes aprovou esta terça-feira o texto final da reforma fiscal apresentada pelos republicanos. Agora a proposta segue para o Senado, sendo de esperar também ‘luz verde’ depois de os republicanos terem limado arestas e chegado a acordo para a versão definitiva.

Bloomberg
19 de Dezembro de 2017 às 19:57
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O texto final da reforma fiscal da Administração Trump foi aprovado pela Câmara dos Representantes dos EUA esta terça-feira, 19 de Dezembro. Agora falta o "sim" do Senado para então seguir para o presidente Donald Trump, que a promulgará.

 

A proposta de reforma fiscal foi aprovada por 227 votos a favor e 203 contra, superando assim a oposição cerrada dos democratas e o "não" de 12 republicanos.

 

Depois de várias semanas em que os republicanos de ambas as casas do Congresso estiveram em negociações para chegarem a um texto comum, fruto das duas versões do partido apresentadas na Câmara dos Representantes e do Senado, no final da semana passada chegou-se a uma legislação já do agrado geral.

 

Ontem ainda persistiam dúvidas quanto ao avanço desta reforma, mas dois dos últimos senadores republicanos que ainda mantinham o impasse, Susan Collins and Mike Lee, concordaram em apoiar a proposta, pelo que não se espera um "chumbo" no Senado.

 

Os republicanos (cujo partido é conhecido como Grand Old Party – GOP) têm uma maioria de 52-48 no Senado, câmara alta do Congresso que conta com 100 membros – o que lhes confere votos suficiente para aprovarem a proposta de reforma fiscal se mantiverem unidos. Ou seja, só podem perder dois votos do lado republicano, sendo que o vice-presidente Mike Pence está apto a desempatar quando o resultado é 50-50.

 

O senador Jeff Flake ainda se mostrava hoje indeciso, enquanto o senador John McCain, que tem cancro no cérebro, está a passar tempo com a sua família, recorda a Reuters.

Este plano de reforma fiscal inclui uma redução do IRC de 35% para 21% e um grande corte do IRS para os contribuintes mais ricos, bem como cortes temporários de impostos para alguns particulares e famílias.

 

Os agregados familiares com rendimentos médios terão um corte médio de impostos na ordem dos 900 dólares no próximo ano, ao passo que os norte-americanos que fazem parte dos 1% mais ricos deverão observar um corte médio de 51.000 dólares, segundo o think tank Tax Policy Center.

 

Os democratas dizem que esta reforma vai agravar o fosso de rendimentos entre os americanos ricos e pobres, ao mesmo tempo que aumentará a dívida nacional do país em 1,5 biliões de dólares nos próximos 10 anos – que está actualmente em 20 biliões. 



(notícia actualizada às 20:02)

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