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Indústria transformadora desacelera

Os indicadores de conjuntura, editados pelo Banco de Portugal, revelam uma desaceleração na indústria transformadora, no ano de 1999, medida pelo índice de produção industrial, que cresceu 0,9%...

21 de Março de 2000 às 17:33
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Os indicadores de conjuntura, editados pelo Banco de Portugal, revelam uma desaceleração na indústria transformadora, no ano de 1999, medida pelo índice de produção industrial, que cresceu 0,9% face aos 3,7% em 1998. No entanto, o índice de negócios na indústria transformadora acelerou ao longo do ano de 1999. No sector da construção, as vendas de cimento aumentaram 9,5%, no trimestre até Janeiro, verificando-se também a «apreciação da carteira de encomendas no sector», de acordo com o inquérito mensal de conjuntura à construção e obras públicas e que contribui para a performance do sector.

A taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC), diminuiu 0,03% para os 1,8%. «A redução do crescimento dos preços dos bens transaccionáveis, e a dos bens não transaccionáveis, em menor grau, foram os principais responsáveis pela diminuição registada», salienta o Banco de Portugal. Os bens transaccionáveis, aumentaram sobretudo devido ao efeito dos «saldos e promoções» na classe «vestuário e calçado».

No mercado de trabalho, nos meses de Janeiro e Fevereiro, a variação das remunerações médias implicitas na contratação colectiva para o total da economia, excluindo as administrações públicas, foi de 3,4%. No entanto, o número de trabalhadores abrangidos por estes contratos situa-se nos 94,4 mil, valor bastante reduzido.

O défice das administrações públicas atingiu os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1999. Contudo, o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC2000), apresentado à Comissão Europeia pelo Governo português, tinha como objectivos um crescimento do PIB real de 3,5%, para o período 2000 a 2004, e uma diminuição do défice orçamental sobre o PIB até atingir um saldo equilibrado em 2004, foi analisado pelo Conselho Ecofin, a 13 de Março. Este conselho considerou o último objectivo apresentado como possível de concretizar, e que alguns objectivos foram atingidos, em 1999, essencialmente devido a um «crescimento das receitas acima do projectado, compensando a ultrapassagem dos valores orçamentados para a despesa primária» e considera que o orçamento para 2000 prevê um crescimento acentuado da receita e da despesa primária.

O finaciamento líquido das administrações públicas atingiu 2,6 mil milhões de euros (521 milhões de contos), montante 15 vezes superior ao observado em 1998. Entre as razões apontadas para tão elevada variação encontram-se «o aumento do défice das administrações públicas, a diminuição das receitas de privatizações utilizadas para amortização da dívida pública e o ajustamento do período complementar ter sido positivo em 1999».

A situação financeira registou algumas alterações, nomeadamente a subida do crédito bancário interno total em 19,4%, no entanto, o crédito a particulares, que tem vindo sempre a crescer registou uma desaceleração, passando dos 34,8%, em Julho de 1999 para os 27,2% em Janeiro de 2000. O efeito obtido prende-se com a desaceleração do crédito para habitação.

As taxas de juro bancárias evidenciaram alguns aumentos em Janeiro, com a taxa dos empréstimos a particulares, a mais de cinco anos, a subir 0,1% para os 5,1%, e a taxa dos depósitos a prazo, de 181 dias a um ano, aumentou 0,2% para os 2,6%.

O índice BVL Geral, registou uma subida de 17,2%, ao longo do mês de Fereveiro. A variação acumulada desde o inicio do ano, tinha-se cifrado nos 22,0%, até ao dia 29 de Fevereiro.

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