Notícia
Hungria em "lixo" leva investidores a pedirem mais juros em leilão
O país de Leste foi hoje ao mercado colocar dívida mas as dúvidas dos investidores levaram as rendibilidades pedidas a máximos de mais de um ano. Foi o primeiro leilão de dívida depois da suspensão da ajuda do FMI e da Comissão Europeia.
A Hungria voltou a sentir dificuldades no mercado de dívida. Depois de ter falhado um leilão no final de Dezembro, sentiu hoje um agravamento nos custos de financiamento numa emissão.
A nação da Europa de Leste conseguiu colocar o montante previsto, 45 mil milhões de forint (142,7 milhões de euros), mas a taxa de juro implícita média pedida pelos investidores subiu para 7,67%, acima de 7,43% do leilão comparável. Foi o valor mais elevado desde Agosto de 2009.
A justificar o aumento das rendibilidades pedidas pelos investidores para deterem títulos do país da União Europeia está a suspensão das negociações para a ajuda financeira por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia.
“A perspectiva de curto prazo para os activos húngaros parece, claramente, negativa”, indicou numa nota de “research” do UniCredit citada pela Bloomberg.
Legislação suspende ajuda internacional e prejudica ratings
No final de 2011, o Governo de Viktor Orban conduziu à aprovação de legislação que retira independência ao banco central em relação ao poder político e altera as nomeações na entidade. As instituições internacionais decidiram, assim, suspender as negociações.
A Hungria tinha antes feito um pedido de ajuda externa para enfrentar as dificuldades orçamentais que verifica no momento.
Esse pedido de ajuda levou a Moody’s a cortar o “rating” da dívida húngara para o grau especulativo – “lixo” –, onde a agência de "rating" deixa de aconselhar investimento. Posteriormente, a Standard & Poor’s seguiu-se à congénere e também baixou a notação financeira do crédito da Hungria para “lixo”, neste caso, devido às referidas alterações legislativas.
Além do insucesso da emissão de hoje, os cortes de “rating” e a ausência de conversações para uma intervenção externa já tinham levado a agência de crédito da nação a cancelar um leilão de dívida a três anos no final de Dezembro.
Intensificam-se, portanto, as dúvidas sobre a capacidade da economia húngara em financiar-se, com dificuldades na colocação de dívida no mercado e sem a ajuda internacional.
A nação da Europa de Leste conseguiu colocar o montante previsto, 45 mil milhões de forint (142,7 milhões de euros), mas a taxa de juro implícita média pedida pelos investidores subiu para 7,67%, acima de 7,43% do leilão comparável. Foi o valor mais elevado desde Agosto de 2009.
“A perspectiva de curto prazo para os activos húngaros parece, claramente, negativa”, indicou numa nota de “research” do UniCredit citada pela Bloomberg.
Legislação suspende ajuda internacional e prejudica ratings
No final de 2011, o Governo de Viktor Orban conduziu à aprovação de legislação que retira independência ao banco central em relação ao poder político e altera as nomeações na entidade. As instituições internacionais decidiram, assim, suspender as negociações.
A Hungria tinha antes feito um pedido de ajuda externa para enfrentar as dificuldades orçamentais que verifica no momento.
Esse pedido de ajuda levou a Moody’s a cortar o “rating” da dívida húngara para o grau especulativo – “lixo” –, onde a agência de "rating" deixa de aconselhar investimento. Posteriormente, a Standard & Poor’s seguiu-se à congénere e também baixou a notação financeira do crédito da Hungria para “lixo”, neste caso, devido às referidas alterações legislativas.
Além do insucesso da emissão de hoje, os cortes de “rating” e a ausência de conversações para uma intervenção externa já tinham levado a agência de crédito da nação a cancelar um leilão de dívida a três anos no final de Dezembro.
Intensificam-se, portanto, as dúvidas sobre a capacidade da economia húngara em financiar-se, com dificuldades na colocação de dívida no mercado e sem a ajuda internacional.