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Governo de Lula tenta travar investigação à corrupção nos Correios

A oposição pediu a realização de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar a verdade sobre a alegada corrupção nos Correios brasileiros depois de uma gravação divulgada pela revista «Veja» ter dado conta que o chefe de administração de material ex

25 de Maio de 2005 às 18:01
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A oposição pediu a realização de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar a verdade sobre a alegada corrupção nos Correios brasileiros depois de uma gravação divulgada pela revista «Veja» ter dado conta que o chefe de administração de material exigia dinheiro para dar benefícios em concursos públicos nas compras da entidade.

A revista brasileira divulga partes de uma gravação de 1 hora e 54 minutos em que se vê Maurício Marinho, chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios brasileiros indicado pelo partido PTB, aliado do Governo de Lula, a receber dinheiro dado por um corrupto e a explicar o que tem feito e o que pode fazer no que respeita a benefícios nas compras da entidade por troca de dinheiro.

Maurício Marinho alega que foi tudo «uma armação» e entende que «falei demais» num depoimento feito ontem à Polícia Federal já encarregue do processo.

O Governo de Lula, por considerar que basta a investigação estar a ser feita pelas autoridades policiais, quer negar a instauração de uma CPI e para isso, terá que conseguir até à meia-noite de hoje que sejam retiradas pelo menos 80 assinaturas de deputados quer do próprio PT quer do PMDB.

Corrupção nos Correios

Na gravação divulgada, Marinho fala com dois empresários que fornecem equipamento informático, aceita a «entrada» de três mil reais para assegurar o fornecimento aos Correios e detalha o esquema de corrupção em que acusa o presidente do seu partido, Roberto Jefferson de conhecer e dar o aval a vários esquemas não só envolvem os Correios, mas outras entidades públicas em que o partido tenha cargos influentes.

No depoimento à Polícia Federal, de ontem, Marinho inocentou, no entanto, o presidente do PTB.

Segundo a «Veja», o PTB deve garantir dois mil cargos de confiança no governo, entre eles, o Ministério do Turismo, além da Eletronorte, com um orçamento de 940 milhões de reais (308 milhões de euros). Também nomeou cargos na Transpetro, que fazem parte da comissão que descartou a proposta da Renave parceira da Lisnave no âmbito da construção de 42 navios petroleiros para a Petrobrás. No total, o partido tem sob o seu comando 14,5 mil milhões de reais (4,75 mil milhões de euros), o equivalente a metade do PIB do Uruguai.

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