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FMI: Irlanda está no "bom caminho" mas precisa de crescimento sustentável e criar empregos

As "perspectivas de crescimento de médio prazo para a Irlanda são positivas", conclui o Fundo Monetário Internacional após visita a Dublin. No entanto, avisa que a estagnação económica da Zona Euro "representa riscos" para a economia celta.

27 de Janeiro de 2015 às 16:26
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A economia irlandesa está a recuperar, mas Dublin precisa de se colocar no caminho do crescimento sustentável e de criar empregos. Estas são algumas das principais conclusões do Fundo Monetário Internacional (FMI) após visita à Irlanda, no âmbito do programa de vigilância regular ao país após a saída da troika.

 

"A recuperação da Irlanda está num bom caminho. Mas é preciso um crescimento sustentável e a criação de empregos durante muitos anos para reparar os danos da crise", pode-se ler no relatório divulgado esta terça-feira, 27 de Janeiro.

 

Para o FMI, a recuperação da economia celta vai "beneficiar os três ingredientes principais: colocar o fardo da dívida pública numa trajectória descendente, travar o sobreendividamento e reavivar os empréstimos enquanto evita renovadas vulnerabilidades".

 

Ao mesmo tempo, aponta que o Governo de Enda Kenny (na foto) necessita de uma "estratégia conjunta" para terminar o ajustamento orçamental em conjunto com medidas no sector financeiro e imobiliário "para apoiar o investimento" enquanto se mitigam os riscos de bolhas.

 

"A recuperação da Irlanda é robusta apesar de ainda persistirem resquícios da crise", declara o FMI. A ajudar a esta recuperação está o aumento das exportações e do investimento que colocaram o país a crescer 5% em 2014.

 

Para este ano, o FMI prevê um crescimento de 3,5%, "ajudado pelas fortes ligações de comércio no Reino Unido e nos Estados Unidos, a depreciação do euro e a queda do preço do petróleo".

 

Desta forma, as "perspectivas de crescimento de médio prazo para a Irlanda são positivas". No entanto, a estagnação económica da Zona Euro "representa riscos" para a Irlanda.

 

O recém anunciado programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE) pode vir a "mitigar os riscos que as condições favoráveis de financiamento podem desencadear".

 

Olhando para o desemprego, este "desceu consideravelmente" e situa-se agora abaixo dos 11%. Contudo, o desemprego entre os jovens e de longa duração "continua inaceitavelmente elevado". 

 

O défice para este ano deverá ficar abaixo dos 3% em 2015. Para proteger o processo de ajustamento em 2015 é essencial "evitar uma repetição de excesso de despesas, especialmente na saúde".

 

O equilíbrio orçamental vai também colocar a "elevada dívida pública da Irlanda numa tendência firme descendente, reduzindo incertezas e apoiando o investimento e a criação de empregos".

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