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FMI: Europa tem de aumentar rapidamente capacidade e flexibilidade do fundo de resgate

José Viñals voltou a considerar o aumento do fundo de resgate europeu, sublinhando que a actual capacidade de 500 mil milhões de euros é muito pouca para os problemas que afectam a zona euro.

03 de Fevereiro de 2012 às 12:53
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O director do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais, José Viñals, defendeu hoje em Lisboa que a Europa tem de aumentar rapidamente a capacidade do fundo de resgate europeu e dar-lhe poderes para comprar directamente participações na banca.

O responsável, que falava em Lisboa durante uma conferência promovida pela Associação Portuguesa de Bancos, afirmou que é preciso grande urgência nas mudanças que têm de ser realizadas para resolver a crise da dívida soberana na zona euro, que considera ser "o epicentro" da crise nesta altura.

Entre as mudanças que defendeu, José Viñals voltou a considerar o aumento do fundo de resgate europeu, sublinhando que a actual capacidade de 500 mil milhões de euros é muito pouca para os problemas que afectam a zona euro, e que é preciso dar-lhe capacidade suficiente para não ser necessário utilizá-la.

"Este mecanismo tem de ser revisto, para o tornar maior, porque os 500 mil milhões que tem actualmente é muito pouco. Têm de o tornar maior para não o terem de usar, mas também tem de se aumentar a sua flexibilidade", afirmou, explicando que a seu ver o atual fundo de resgate europeu - o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) - e o seu sucessor permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilização, "tem de ter também o poder para comprar participações directas nos bancos".

Para este responsável do FMI, esta é uma parte do que chama de "triangulo mágico" para resolver a crise, a que chama de solidariedade.

Nos outros dois lados está a consolidação orçamental, como forma de voltar a dar confiança aos mercados nos países, elogiando neste sentido o pacto orçamental acordado a nível europeu recentemente, mas para que a confiança seja reposta é preciso também tornar o sistema financeiro mais seguro.

José Viñals defendeu ainda que a Europa precisa de uma estratégia de crescimento, o último lado do triângulo.

"A Europa tem de ter também uma estratégia de crescimento. Muito tem de ser feito porque o problema de crescimento na Europa é endémico, ainda mais agora", afirmou.
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