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Ferreira Leite não prevê mexidas nas taxas de juro

A ministra do Estado e das Finanças, Manuela Ferreira Leite, acredita que o Banco Central Europeu (BCE) não deverá mexer nas taxas de juro nos próximos meses. Em entrevista à agência Reuters, a ministra adiantou que o nível das taxas de juro é historicame

13 de Maio de 2004 às 08:24
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A ministra do Estado e das Finanças, Manuela Ferreira Leite, acredita que o Banco Central Europeu (BCE) não deverá mexer nas taxas de juro nos próximos meses. Em entrevista à agência Reuters, a ministra adiantou que o nível das taxas de juro é historicamente baixo e que o poder indutor ao crescimento de mais uma descida dos juros é diminuto.

Na semana em que mais uma instituição internacional reviu em baixa a previsão de crescimento para a economia portuguesa em 2004 – de 1,5% para 0,8% –, Manuela Ferreira Leite reafirmou que o intervalo de um crescimento do PIB entre 0,5% e 1,5% em 2004, contido no Orçamento de Estado, é muito prudente, devendo a retoma ter um significado mais nítido em 2005: «o cenário entre 0,5% e 1,5%, com um ponto central em 1%, é muito prudente (...) e a retoma terá um significado mais nítido em 2005».

A ministra voltou a sublinhar que «a retoma será lenta, mas espera-se que seja segura», estando obviamente dependente da recuperação europeia dado que Portugal é uma economia muito aberta, frisando que «o ponto mais baixo do ciclo já passou».

Segundo Ferreira Leite, «a envolvente externa (europeia) não está a ser, neste momento, favorável a que a retoma seja mais nítida do que a que está a ser», afirmou.

Recordou «o problema que se verifica em relação ao preço da energia» - preços petróleo - que «evidentemente só pode preocupar países que são totalmente dependentes» como é o caso de Portugal, e, «por isso, seria um bocadinho pouco realista pensar que a retoma em 2004 ia ter uma fase muito pujante».

Ainda assim, a ministra de Estado e das Finanças admitiu que, no primeiro trimestre deste ano, subsistiram alguns indicadores contraditórios, próprios de uma inversão da tendência do ciclo económico, vincando: «não há nenhum analista, nenhuma instância internacional, que considere que não se está em retoma, isto é, que o ponto mais baixo já passou».

«Estamos numa situação que está a melhorar e não numa situação que está a piorar», referiu, adiantando que «há indicadores avançados que dão bons sinais».

Vincou que o facto dos Estados Unidos da América e do Japão terem um crescimento económico «bastante mais sólido do que a Europa» dá que pensar, sendo «um dos pontos que os ministros das Finanças no EuroGrupo consideraram como tema sobre o qual devem fazer uma reunião».

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