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Exportações crescem 18,7% em março, mais do que as importações pelo quinto mês

Março foi o quinto mês consecutivo em que o crescimento das exportações portuguesas de bens foi superior ao registado nas importações, ajudando a melhorar o saldo da balança comercial. Défice comercial diminuiu para 2.088 milhões de euros.

Abrandamento das exportações mundiais fica a dever-se à guerra na Ucrânia e à política de “covid zero” na China.
Mariline Alves
10 de Maio de 2023 às 11:27
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O crescimento das exportações voltou a superar o das importações durante o mês de março. Os dados divulgados esta quarta-feira revelam que, em março, as exportações de bens registaram um variação homóloga de 18,7%, enquanto as importações subiram 9,3% face a igual período do ano passado.

Este foi já o quinto mês consecutivo em que o crescimento das exportações portuguesas foi superior ao registado nas importações. Essa situação é explicada, em grande medida, pela inflação, que está agora a pressionar mais os preços de venda das mercadorias nacionais ao estrangeiro.

O INE dá conta de que o índice de valor unitário (preços) das exportações registou uma subida homóloga de 4,8%, enquanto nas importações se registou uma queda de 2,2%. Essa diferença fez "insuflar" o crescimento das exportações, tendo em conta que os valores das exportações e importações aparecem em termos nominais (que não descontam os efeitos da inflação).

Excluindo os produtos petrolíferos, os preços das exportações aumentaram 6,4% e as importações encareceram 0,4%, em comparação com igual período do ano passado.

A contribuir para o crescimento das trocas comerciais nacionais esteve também o facto de março ter tido "mais um dia útil que o mês homólogo de 2022 e mais quatro dias úteis que o mês anterior".

Tudo somado, houve uma melhoria do saldo da balança comercial. Em março, o défice comercial de bens diminuiu 388 milhões de euros face a 2022, atingindo 2.088 milhões. Sem contar com combustíveis e lubrificantes, o défice comercial caiu 250 milhões, para um total de 1.267 milhões de euros.

Descida dos preços explica menos importações de combustíveis
Em março, destacaram-se os "acréscimos nas exportações e importações de fornecimento industriais", que aumentaram 19% e 12,5%, respetivamente. Houve ainda uma diminuição nas importações de combustíveis e lubrificantes (-12,7%), explicada sobretudo pela "diminuição dos preços".

Excluindo combustíveis e lubrificantes, houve um aumento de 20,8% nas exportações e de 13,4% nas importações. Os valores comparam com a subida de 9,9% nas exportações e o aumento de 14,3% nas importações registadas durante o mês de fevereiro.

O INE reveu ainda a estimativa rápida que tinha avançado sobre a evolução das exportações no primeiro trimestre deste ano. Ao invés de 13,3%, as exportações cresceram ligeiramente menos (13,2%), ao passo que as exportações aumentaram 9,1% e não 8,7% como tinha avançado inicialmente.

(Notícia atualizada às 11:45)
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