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Exportações de bens crescem 7% em fevereiro e voltam a superar importações

Pelo quarto mês consecutivo, o crescimento das exportações foi superior ao registado nas importações durante o mês de fevereiro, continuando a refletir uma desaceleração nos preços. Já o défice da balança comercial agravou-se em 129 milhões de euros, atingindo 2.367 milhões.

As trocas de mercadorias entre Portugal e a Croácia passam sobretudo por componentes industriais.
Bruno Colaço
10 de Abril de 2023 às 11:09
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As exportações portuguesas de bens voltaram a superar as importações durante o mês de fevereiro, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As exportações cresceram 7% em termos nominais, face a igual período do ano passado, enquanto as importações subiram 6,7% em fevereiro.

Fevereiro foi, assim, o quarto mês consecutivo em que o crescimento das exportações superou a subida das importações.

Isto porque, como o crescimento das exportações e importações é avaliado em termos nominais, não desconta os efeitos da inflação. Porém, embora as pressões inflacionistas continuem elevadas, a subida homóloga dos bens que Portugal compra e vende ao exterior tem estado a refletir, nos últimos meses, um abrandamento da subida dos preços das mercadorias.

Em fevereiro, o índice de valor unitário (preços) teve uma subida homóloga de 7,1% nas exportações e 4,4% nas importações. Os valores comparam com a subida de 8,1% no preço das exportações em janeiro e 7% nas importações. Excluindo os produtos petrolíferos, as variações foram de 7,4% nas exportações e 4,6% nas importações.

O INE destaca ainda que fevereiro "teve menos um dia útil que o mês homólogo de 2022 e menos três dias úteis que o mês anterior, o que poderá ter influenciado as variações no mês em análise".

Em comparação com janeiro, o crescimento homólogo das exportações e importações de bens foi inferior. Em janeiro, as exportações de bens tinham registado uma subida de 13,8% face a igual mês do ano anterior, ao passo que as importações aumentaram 10,8%. 

Tirando os combustíveis e lubrificantes (que tiveram uma diminuição de 24,2% em termos de exportações, houve acréscimos nas vendas de bens ao exterior "em todas as outras categorias económicas" em fevereiro, face ao mesmo mês de 2022, com destaque para "o material de transporte (26%), principalmente automóveis de passageiros para o Reino Unido e máquinas e outros bens de capital (19,7%), maioritariamente para Espanha e França".

Nas importações, houve também aumentos expressivos de material de transporte comprado ao exterior (42,1%), principalmente automóveis de passageiros e aviões, "maioritariamente proveniente da Alemanha e de Espanha". O único decréscimo registou-se nos combustíveis e lubrificantes (-30%), "principalmente óleos brutos de petróleo e gás natural provenientes da Nigéria", indica o INE.

Já o défice da balança comercial agravou-se em 129 milhões de euros face a fevereiro do ano passado, atingindo 2.367 milhões. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice comercial foi de 1.782 milhões de euros, mais 424 milhões em comparação com fevereiro de 2022.

(Notícia atualizada às 11:24)
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