A economia norte-americana cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2007, o pior dos últimos quatro anos. Foi penalizada pelo abrandamento do mercado imobiliário, pelo aumento do défice comercial e pela descida dos inventários das empresas.

Esta notícia, no entanto, poderá ser mais positiva do que parece, pois diminui os receios do crescimento da inflação.

Os 0,6% de crescimento do PIB são a segunda de três estimativas feitas pelo Departamento do Comércio para o primeiro trimestre do ano.

No mês passado, Washington apontava para um crescimento de 1,3%. Abaixo dos 0,6%, só os últimos três meses de 2002.

Os economistas contactados pela Bloomberg apontavam para um crescimento do PIB na ordem dos 0,8%.

Há, contudo, dois pontos positivos. O primeiro é que o abrandamento económico pode afastar a hipótese de uma subida das taxas de juro nos EUA, podendo mesmo resultar numa descida. Isto iria beneficiar todas as empresas norte-americanas e é o desejo da Reserva Federal.

Por outro lado, o aumento do investimento e a evolução positiva dos inventários de mercadorias dá sinais de que o primeiro trimestre do ano poderá ser o fim do ciclo de queda, esperando-se agora uma recuperação.

O desejo dos economistas é que a economia norte-americana continue a crescer, mas de forma estável e sustentada, de modo a que os juros possam baixar nos próximos meses. A receita para isso poderá ser um aumento do consumo interno e o crescimento dos inventários das empresas, explicam.