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EUA procura destroços do "balão-espião". Diplomacia chinesa volta à carga

Os Estados Unidos enviaram mergulhadores e estão a recorrer a guindastes para resgatar o aparelho do mar. Pequim voltou a atacar Washington esta segunda-feira e entregou uma contestação formal na embaixada norte-americana.

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Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 06 de Fevereiro de 2023 às 10:44

O alegado "balão-espião" já não está a voar nos céus dos Estados Unidos, mas continua a ser motivo de discórdia entre Washington e Pequim.

Os EUA já enviaram mergulhadores e estão a recorrer a guindastes para resgatar o aparelho voador da costa da Carolina do Sul. A operação está a ser assegurada por navios da marinha e três lanchas da Guarda Costeira norte-americana.

A administração Biden espera encontrar equipamentos capazes de tirar fotografias com algum detalhe, assim como outras tecnologias, por exemplo sensores, segundo uma fonte próxima do processo contactada pela Bloomberg. Por sua vez, outra fonte afirmou que reina a curiosidade nos corredores da Casa Branca, sobre se este balão conta apenas com tecnologia chinesa ou também norte-americana.

Segundo as autoridades dos EUA, o balão deve ter o tamanho de dois autocarros escolares, estando os seus destroços espalhados por 11 km de Myrtle Beach.

Balão já está na água e Blinken para onde vai?


Com um guindaste e mergulhadores no terreno, resta saber agora como resolver o problema diplomático em torno da viagem adiada do secretário de Estado dos EUA à China. Durante domingo e esta segunda-feira, Antony Blinken devia ter visitado o país, porém este episódio levou ao adiamento da viagem.

A Bloomberg avança que o governo norte-americano deve reagendar a deslocação, numa altura em que a pressão se faz sentir na sala oval para que Joe Biden intensifique a repressão sobre as tecnológicas chinesas presentes nos EUA.

Se Pequim aceitará esta deslocação é outro problema em aberto. Depois de este ter contestado o abatimento do seu balão, o regime de Xi Jinping voltou à carga e apresentou um protesto formal na embaixada dos EUA na China esta segunda-feira.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Xie Feng, acusa Washington de violar o direito internacional e de ter desencadeado "um grave golpe que prejudicou os esforços e avanços na estabilização das relações entre China e EUA". O governante frisou ainda que o aparelho não tripulado servia apenas para "testes de voo".

Detetado pela primeira vez na terça-feira, o balão chinês sobrevoou a América do Norte durante vários dias, antes de ser abatido no sábado por um míssil lançado de um caça F-22, disse o Pentágono.

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