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Balão de espionagem leva EUA a adiarem visita de Antony Blinken a Pequim

China lamentou o sucedido, atribuindo o desvio a "motivos de força maior". Contudo, segundo a Bloomberg, administração Biden considera que manter viagem passaria a mensagem errada.

Dumitru Doru/Reuters
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 03 de Fevereiro de 2023 às 15:27
A administração Biden decidiu adiar a visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken (na foto), a Pequim, marcada para a próxima semana, após um balão de espionagem chinês ter entrado no espaço aéreo americano.

A China lamentou o sucedido, justificando que o dispositivo se desviou da rota prevista "por motivos de força maior". Contudo, Washington decidiu adiar a visita de qualquer forma, segundo revelaram fontes oficiais à Bloomberg, apontando que manter o programa inicial poderia passar a mensagem errada.

A ida de Blinken a território chinês marcava o regresso de uma alta patente dos Estados Unidos à China em cinco anos, e fazia parte da tentativa da administração Biden de amenizar a relação entre os dois países. 

O balão chinês foi visto pela primeira vez no início da semana, enquanto sobrevoava o estado norte-americano de Montana, onde estão localizados silos de mísseis nucleares. O objeto não foi visto como uma ameaça à segurança, mas as autoridades do outro lado do Atlântico aconselharam a que não fossem feitos disparos sobre este por receios de que os destroços do mesmo pudessem sê-lo.

Numa primeira reação, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, disse, em declarações aos jornalistas, que a China "não tem intenção de violar o território de outros países" e que os factos reportados estavam já a ser averiguados. Deixou ainda um aviso: "Até que sejam clarificados, a especulação e o empolamento não serão benéficos para a resolução do problema".
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