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Tensão aumenta entre China e EUA. Diplomatas ponderam encontro
A entrada de um balão chinês no espaço aéreo norte-americano gerou discórdia entre as duas maiores potencias mundiais. China e Estados Unidos ponderam encontro, numa altura em que troca de acusações aumenta.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, está a considerar encontrar-se com o principal diplomata chinês, Wang Yi, numa conferência sobre segurança no final desta semana. A notícia está a ser avançada pela Bloomberg e surge numa altura em que a relação entre os Estados Unidos e a China vai de mal a pior.
Os dois países tinham encontro marcado em Pequim na passada semana, mas a administração Biden decidiu adiar a visita de Blinken devido à polémica em torno de um balão.
O mais recente ponto de tensão entre as duas maiores economias do mundo começou devido a um balão chinês que, no início de fevereiro, entrou no espaço aéreo norte-americano. Washington afirmou que se tratava de um objeto de espionagem, enquanto Pequim garantiu que era um dirigível de pesquisa civil. O objeto acabou por ser abatido a mando do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o que foi visto pelo governo chinês com "forte descontentamento".
"Insistir em usar a força armada é claramente uma reação excessiva", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na altura.
Desde então, os Estados Unidos dizem já ter abatido mais três objetos não identificados - no Alaska, no estado de Michigan e outro junto à fronteira com o Canadá -, algo que até agora não era habitual. A razão, segundo explicou o Pentágono, prende-se com o facto de a defesa norte-americana ter intensificado a vigilância dos céus desde o incidente com o balão chinês.
"Temos escrutinado o nosso espaço aéreo a estas altitudes e alargado o nosso radar o que, de certa forma, explica o aumento do número de objetos que detetámos ao longo da última semana", afirmou Melissa Dalton, membro do Ministério da Defesa norte-americana, aos jornalistas.
Apesar de não ter sido feita qualquer ligação entre estes objetos - cilíndricos e mais pequenos do que o balão chinês - e a China, certo é que estes não só alimentaram as tensões entre os dois países, como lançaram o pânico entre os cidadãos norte-americanos.
Durante uma conferência de imprensa sobre o tema, na noite de domingo, houve mesmo quem chegasse a questionar se estes poderiam ter sido enviados por extraterrestres. "Ainda não descartei nenhuma hipótese", respondeu o general Glen VanHerck, comandante do Comando de Defesa Aeroespacial norte-americano.
Independentemente da origem dos objetos, o crescente número de incidentes está a levantar questões sobre qual o caminho das relações entre as duas maiores economias do mundo, que acumulam décadas de tensão. A administração Biden acusou, inclusive, o país liderado por Xi Jinping de usar estes balões para recolher informação em "mais de 40 países". Uma acusação que Pequim rejeitou.
A resposta não tardou em chegar, tendo, esta segunda-feira, a China afirmado que os Estados Unidos enviaram balões de espionagem para o seu território mais de 10 vezes durante 2022.
Os mais recentes incidentes colocaram o tema da segurança no centro da mesa, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a referir esta segunda-feira a "importância de reforçar e melhorar a capacidade de defender o espaço aéreo tanto sobre a América do Norte como também na Europa".
Os dois países tinham encontro marcado em Pequim na passada semana, mas a administração Biden decidiu adiar a visita de Blinken devido à polémica em torno de um balão.
O mais recente ponto de tensão entre as duas maiores economias do mundo começou devido a um balão chinês que, no início de fevereiro, entrou no espaço aéreo norte-americano. Washington afirmou que se tratava de um objeto de espionagem, enquanto Pequim garantiu que era um dirigível de pesquisa civil. O objeto acabou por ser abatido a mando do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o que foi visto pelo governo chinês com "forte descontentamento".
Desde então, os Estados Unidos dizem já ter abatido mais três objetos não identificados - no Alaska, no estado de Michigan e outro junto à fronteira com o Canadá -, algo que até agora não era habitual. A razão, segundo explicou o Pentágono, prende-se com o facto de a defesa norte-americana ter intensificado a vigilância dos céus desde o incidente com o balão chinês.
"Temos escrutinado o nosso espaço aéreo a estas altitudes e alargado o nosso radar o que, de certa forma, explica o aumento do número de objetos que detetámos ao longo da última semana", afirmou Melissa Dalton, membro do Ministério da Defesa norte-americana, aos jornalistas.
Apesar de não ter sido feita qualquer ligação entre estes objetos - cilíndricos e mais pequenos do que o balão chinês - e a China, certo é que estes não só alimentaram as tensões entre os dois países, como lançaram o pânico entre os cidadãos norte-americanos.
Durante uma conferência de imprensa sobre o tema, na noite de domingo, houve mesmo quem chegasse a questionar se estes poderiam ter sido enviados por extraterrestres. "Ainda não descartei nenhuma hipótese", respondeu o general Glen VanHerck, comandante do Comando de Defesa Aeroespacial norte-americano.
Independentemente da origem dos objetos, o crescente número de incidentes está a levantar questões sobre qual o caminho das relações entre as duas maiores economias do mundo, que acumulam décadas de tensão. A administração Biden acusou, inclusive, o país liderado por Xi Jinping de usar estes balões para recolher informação em "mais de 40 países". Uma acusação que Pequim rejeitou.
A resposta não tardou em chegar, tendo, esta segunda-feira, a China afirmado que os Estados Unidos enviaram balões de espionagem para o seu território mais de 10 vezes durante 2022.
Os mais recentes incidentes colocaram o tema da segurança no centro da mesa, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a referir esta segunda-feira a "importância de reforçar e melhorar a capacidade de defender o espaço aéreo tanto sobre a América do Norte como também na Europa".